A prisão do influenciador Capitão Hunter causou grande repercussão na última quarta-feira (22). João Paulo Manoel, de 45 anos, conhecido por produzir conteúdo sobre o universo Pokémon, foi detido em Santo André (SP) acusado de exploração sexual de crianças e estupro de vulnerável. A ação foi realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, em conjunto com a Polícia Civil de São Paulo.
Influenciador com milhões de visualizações
Com mais de 729 mil inscritos no YouTube e cerca de 165 milhões de visualizações acumuladas, Capitão Hunter se tornou uma figura popular entre fãs de Pokémon. Ele publicava vídeos sobre cartas, pelúcias e jogos, além de participar de eventos temáticos pelo Brasil. A última postagem em seu canal ocorreu na noite anterior à prisão, na terça-feira (21).
Além do YouTube, o influenciador mantém perfis ativos no TikTok e no Instagram, somando mais de 180 mil seguidores. Nessas plataformas, ele produzia vídeos curtos voltados ao público que acompanha o universo Pokémon. Também possuía uma loja virtual de produtos inspirados na franquia e participava de feiras e encontros de fãs — o mais recente, a Pokecon, aconteceu em 5 de outubro, em São Paulo.

Entenda o caso de exploração sexual
A investigação contra João Paulo começou após denúncias envolvendo exploração sexual e estupro de vulnerável. Segundo a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), do Rio de Janeiro, o youtuber teria mantido contato com duas vítimas — uma menina e um menino — por meio das redes sociais e de eventos da franquia Pokémon.
De acordo com a polícia, uma das vítimas, uma adolescente de 13 anos, conheceu o influenciador em um evento realizado em um shopping na zona norte do Rio. Depois do encontro, eles passaram a se comunicar pela internet. Hunter teria ganhado a confiança dos pais ao prometer apoio à jovem em competições do jogo. O mandado de prisão foi expedido com base nas acusações de estupro de vulnerável e produção de material pornográfico infantil.
Segundo o portal G1, os investigadores coletaram mensagens e áudios que reforçam a suspeita. Ainda assim, o caso segue em segredo de Justiça.
Defesa nega acusações
A defesa de João Paulo Manoel afirma que o influenciador é inocente e alega que não teve acesso ao conteúdo completo do processo. O advogado responsável declarou que “vazaram indevidamente áudios e prints de conversas” e que, por isso, a defesa só poderá se manifestar oficialmente após a análise dos autos.
Segundo ele, o youtuber sempre manteve uma postura respeitosa em relação a famílias, crianças e adolescentes. O advogado ainda pediu cautela ao público: “É muito importante que não se condene ninguém antes do julgamento final”.
Enquanto o processo corre na Justiça, as contas de Capitão Hunter permanecem ativas, mas sem novas publicações desde a prisão.
Resumo: O influenciador João Paulo Manoel, o Capitão Hunter, foi preso em Santo André (SP) acusado de exploração sexual e estupro de vulnerável. Conhecido pelos vídeos sobre Pokémon, ele é investigado por manter contato com menores em eventos e redes sociais. A defesa nega as acusações e afirma que tudo será esclarecido durante o processo.
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