A publicitária Juliana Marins, que morreu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, pode ter falecido até três dias depois do acidente que a lançou de uma grande altura. A nova informação vem de um laudo de autópsia feito no Rio de Janeiro, a pedido da família, e obtido com exclusividade pelo RJ2, da TV Globo. A análise foi realizada após o corpo ser repatriado para o Brasil e traz detalhes que contradizem a perícia inicial feita pelas autoridades indonésias.
De acordo com os legistas brasileiros, a morte ocorreu entre 1h15 do dia 23 e 1h15 do dia 24 de junho — ou seja, entre dois e três dias após o acidente, registrado na manhã do dia 21. Essa nova estimativa levanta questionamentos sobre o tempo de sobrevivência da vítima após a queda.
Causa da morte: queda de grande altura
Apesar das condições do corpo, que dificultaram alguns exames, os peritos brasileiros conseguiram confirmar que a morte foi causada por uma queda com impacto de alta energia cinética. O laudo aponta hemorragia interna e múltiplas lesões em órgãos vitais, compatíveis com um choque violento.
Segundo informações da Polícia Civil do Rio, Juliana teria sobrevivido por, no máximo, 15 minutos após o impacto. A perícia anterior, feita por autoridades da Indonésia, indicava um tempo um pouco maior: até 20 minutos.
Busca por respostas mobilizou familiares
Juliana Marins desapareceu durante uma trilha solitária em uma área remota do Monte Rinjani, um dos destinos mais visitados por aventureiros na Indonésia. Seu sumiço mobilizou buscas por vários dias e gerou grande repercussão entre amigos e familiares, que passaram a cobrar esclarecimentos sobre as circunstâncias do acidente.
O corpo da publicitária foi encontrado apenas na noite de 24 de junho, em um local de difícil acesso. A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) confirmou que o laudo da necropsia foi concluído e já integra o processo, que está sob sigilo.
Investigação segue no Brasil
O caso segue sendo acompanhado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Embora a causa da morte esteja esclarecida, a divergência entre os laudos levanta dúvidas sobre os primeiros momentos após o acidente e as condições em que Juliana foi encontrada.
A família da vítima, abalada com a tragédia, aguarda por mais informações e segue em busca de justiça e transparência no andamento das investigações.
Resumo:
Laudo de autópsia feito no Brasil indica que Juliana Marins pode ter morrido até três dias após o acidente ocorrido em uma trilha na Indonésia. A nova análise contradiz a perícia feita no país asiático, e a investigação segue sob responsabilidade da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
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