A Morte não é o Fim da Vida
A Influência dos Espíritos em Nossas Vidas
Na pergunta 459 do Livro dos Espíritos, nossa base doutrinária, Kardec questiona sobre a influência dos espíritos desencarnados na vida dos encarnados, e a resposta dos mentores é afirmativa: “muito mais do que imaginais”.
Não creio que haja alguém que ainda nos dias de hoje duvide dessa interferência, uma vez que o que os religiosos mais fazem, cada um do seu jeito, é pedir ajuda, interferência, proteção etc, para alguém que já morreu.
Os quase 1.5 bilhão de católicos assistem periodicamente à Igreja reconhecer curas e graças atribuídas a pessoas que viveram entre nós e hoje não mais estão, ou seja: “os mortos”.
Os quase 1 bilhão de evangélicos assistem todos os dias pelas inúmeras estações de TV aos rituais de afastamento de maus espíritos que estão atrapalhando a vida das pessoas, levando-as ao vício, à falência, etc.
Por que razão então que só quando o espiritismo aborda profundamente o assunto ninguém dá crédito, fala-se em sugestionamento ou até mesmo em charlatanismo?
Há religiosos, pastores e padres exorcistas atuando no mundo inteiro o tempo todo. Eles exorcizam o que então? O demônio?
Quantos há? São seus asseclas, prepostos, representantes? Deem o nome que quiserem! Estamos falando do mesmo fenômeno: a interferência e comunicação dos “mortos” no mundo dos vivos.
E os santos protetores que ouvem nossas preces, nos ajudam, nos protegem, não viveram entre nós? Não continuam interferindo (positivamente) em nossas vidas?
A sobrevivência do espírito e a comunicação entre as duas esferas não é criação do espiritismo. A Doutrina Espírita nasceu em 1857 e esses fenômenos existem e são registrados desde que mundo é mundo, pois não são invenção desta ou daquela religião. São características da Criação Divina. São naturais, até porque, sobrenatural não existe. Tudo que há no mundo é natural e foi criado por Deus.
O papel de Kardec na Codificação do Espiritismo, foi pensar racional e cientificamente e aprofundar essas comunicações, tirando delas esclarecimentos para um novo olhar acerca de nossa realidade, com ênfase à pergunta de 1 milhão de dólares (atualizados): de onde viemos e para onde vamos?
Os mortos são os vivos de outrora, e sintonizam-se conosco a partir dos nossos sentimentos e vibrações, hoje já explicado pela física quântica.
Obviamente não estão a nossa disposição, mas pela sintonia estabelecem ligações que podem ser boas ou más, a depender da frequência moral transmitida.
Há espíritos inferiores esperando uma brecha para nos prejudicar? Sem dúvida, porém a Providência Divina nos disponibiliza toda uma corrente de amigos espirituais que sempre estarão dispostos e instrumentalizados para o nosso auxílio, apenas não interferindo no nosso livre-arbítrio, de modo que faz-se necessário sintonizar com eles não apenas nos momentos de sufoco, mas no dia-a-dia, nos pensamentos, nas orações, atitudes e, acima de tudo, na nossa relação com o nosso semelhante, a oração mais eficaz que existe: o amor ao próximo.
Não estamos à deriva, nem tampouco podemos delegar nosso destino a outrem. Temos o controle do leme de nossas vidas.
Escolhendo o rumo certo, nunca nos faltará ajuda, mesmo nos momentos mais difíceis, como diz o velho ditado: “é na tempestade que se faz o bom marinheiro”.
Edson Sardano