Você e a garotada: "Vai já pra cama, menino!" - Shutterstock

Você e a garotada: "Vai já pra cama, menino!"

A criança precisa ter uma rotina pra perceber, aos poucos, que o dia está terminando

Dra. Deborah Moss (*) Publicado em 25/04/2016, às 16h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

Meu filho de 6 anos quer ficar acordado até tarde. Todo dia é uma briga. Como mudar esse hábito?” 

A. C., por e-mail


Em primeiro lugar, esqueça que uma criança dessa idade vá aceitar facilmente que chegou a hora de dormir. Estar acordado é, sem dúvida, mais divertido. Hoje, tudo funciona 24 horas. Anos atrás, mesmo que a gente quisesse assistir TV até tarde, não era possível, pois a programação acabava. Atualmente, com tanta tecnologia, dormir significa desligar-se de um mundo que continua a mil. Então, cabe aos pais criar os limites. 
A criança precisa ter uma rotina pra perceber, aos poucos, que o dia está terminando. Encerrar abruptamente atividades prazerosas dificilmente será uma tarefa tranquila. Finalize as brincadeiras agitadas e os eletrônicos cerca de duas horas antes de dormir. Antes de determinar que chegou o momento de ir pra cama, leve em conta a rotina dele. Se estuda de manhã, deve se deitar mais cedo.
E quando já estiver na cama, no máximo, leiam uma história juntos.  
Claro que as crianças vão reclamar ou contestar, mas a dimensão da revolta vai depender diretamente do pulso firme da família em manter o que foi combinado. A rotina da noite e as tarefas que fazem parte desse momento variam de casa para casa, mas, uma vez definidas, precisam ser respeitadas. Importante: deve haver consenso entre pai e mãe para não ocorrer o risco de o filho barganhar mais tempo acordado e um dos dois acabar permitindo.
O recomendado para todo mundo é que o lugar em que se dorme seja um tédio. Quanto menos estímulos no ambiente, mais facilmente a pessoa permitirá entregar-se ao cansaço. Na hora de dormir, o foco deve ser no sono e nada mais!



Aos finais de semana, assim como nas férias, dá pra flexibilizar o horário de dormir, contanto que a criança não tenha dificuldade na hora de voltar à rotina.

O que os pequenos comem no jantar pode piorar a situação. Uma refeição com muita gordura e açúcar vai deixá-los mais agitados e com menos sono.



(*)Dra. Deborah Moss   é neuropsicóloga especialista em comportamento e desenvolvimento infantil e mestre em psicologia do desenvolvimento pela USP. Ela ainda é consultora do sono certificada pelo International Maternity and Parenting Institute, do Canadá. 



Envie suas perguntas para a dra. Deborah Moss pelo e-mail anamaria@maisleitor.com.br
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