A estreante Julia Soares conquistou uma vaga na decisão final da trave de equilíbrio dos Jogos Olímpicos no último domingo (28) - mas quem é ela? Conheça!
Beatriz Cyrino Publicado em 29/07/2024, às 15h05 - Atualizado às 15h15
O público brasileiro foi apresentado, na tarde do último domingo (28), à estreante das Olimpíadas, Julia Soares. De apenas 18 anos, a ginasta conquistou sua primeira final na trave de equilíbrio com a oitava melhor nota: 13,800. Ela pegou a última vaga e, ao lado de Rebeca Andrade, irá competir pelo título no aparelho.
Ao som de uma mistura de Raça Negra e da clássica cantora francesa, Édith Piaf, ela também encantou a Bercy Arena, em Paris, que deu palco às qualificatórias da ginástica artística, durante o solo. A atleta, no entanto, não conseguiu nota suficiente para avançar às finais e, com 13,500, ficou em 11º lugar, mas foi o bastante para que o público do ginásio descobrisse quem é Julia Soares - e AnaMaria também te mostra!
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Julia pode até ser a mais nova na delegação brasileira na ginástica artística, mas, para quem acompanha o esporte, ela já não passa batida. Quem é Julia Soares poderia ser respondida de maneira simples: um movimento que leva o nome dela.
O "Soares", um giro criado para entrar na trave, foi batizado por ela e pela treinadora ucraniana Iryna Ilyashenko no Pan-Americano de 2021, na Colômbia, quando tinha 15 anos. O movimento foi utilizado pela primeira vez nos Jogos Pan-Americanos de 2023, em Santiago. Com valor "D" de dificuldade, ela o usou para abrir a apresentação que a colocou na final dos Jogos de Paris.
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Ela, no entanto, começou muito antes disso. Nascida na capital do Paraná (PR), a curitibana Julia Soares foi incentivada pelo pai a praticar algum esporte e começou sua carreira no Centro de Excelência em Ginástica do Paraná, que foi casa da ginástica brasileira entre os anos de 2001 e 2008. Mesmo que ainda fosse muito pequena, pôde conviver com Daiane dos Santos e Rebeca Andrade.
Julia vem se destacando em competições nacionais e internacionais desde 2018, mas o primeiro grande resultado da atleta foi em 2022, na etapa de Baku da Copa do Mundo, que a garantiu uma medalha de ouro. No mesmo ano, subiu ao pódio quatro vezes no Sul-Americano.
No ano seguinte, a ginasta fez parte da equipe que conquistou a inédita prata no Campeonato Mundial e, também em 2023, passou a integrar o time brasileiro nas Olimpíadas de Paris. Além dos Jogos, esteve com a seleção disputando seus primeiros Jogos Pan-Americanos, quando obteve a prata por equipes e ficou em quarto lugar no solo.
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A final da ginástica artística por equipes, nas Olimpíadas de Paris, começa na próxima terça-feira (30), a partir das 13h15 (horário de Brasília), mas as finais da ginástica artística se desenrolam até o próximo 5 de agosto, dia em que Julia e Rebeca buscam o título na trave, a partir das 7h30.
No feminino, o Brasil disputará seis finais na ginástica artística: individual geral (com Rebeca Andrade e Flávia Saraiva), salto (Rebeca Andrade), trave (Rebeca Andrade e Julia Soares) e solo (Rebeca Andrade).
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