Mergulho de 62 metros mata turista em Noronha - o que é a doença descompressiva e conheça os cuidados que você deve ter ao mergulhar - Internet

Mergulho de 62 metros mata turista em Noronha - o que é a doença descompressiva? Quais cuidados você deve ter ao mergulhar?

Entenda o que é a doença descompressiva e descubra os cuidados essenciais para garantir a segurança durante a prática de mergulho

Beatriz Caroline Men Publicado em 17/10/2024, às 18h00

Um turista de 43 anos, identificado como Bruno Jardim de Miranda Zoffoli, faleceu na terça-feira (15/10) em Fernando de Noronha (PE) após realizar um mergulho autônomo a cerca de 62 metros de profundidade. Natural de Belo Horizonte, Minas Gerais, Bruno sofreu de doença descompressiva, conforme informaram os médicos que o atenderam.

Ele mergulhou na Corveta Ipiranga, um dos locais mais renomados da ilha, onde está uma embarcação naufragada. Segundo a Administração de Fernando de Noronha, o homem foi transportado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até o Hospital São Lucas.

O que é a doença descompressiva?

A doença descompressiva, popularmente conhecida como "mal dos mergulhadores" ou "bends", é uma condição que pode ocorrer em mergulhadores que ascendem rapidamente após estar em profundidade.

Durante o mergulho, o corpo absorve gases, especialmente o nitrogênio, sob pressão elevada. Quando um mergulhador sobe de forma abrupta, a pressão ao redor do corpo diminui rapidamente, fazendo com que o nitrogênio dissolvido no sangue e nos tecidos forme bolhas. Essas bolhas podem causar uma série de sintomas e complicações graves.

Os sintomas da doença descompressiva variam de leve a severo e podem incluir dor intensa nas articulações e músculos, fadiga extrema, dificuldades respiratórias e tontura. Além disso, o mergulhador pode experimentar confusão mental e alterações na visão. Em casos mais graves, a condição pode levar à paralisia ou até mesmo à morte, tornando-a uma emergência médica que requer atenção imediata.

O tratamento mais eficaz para a doença descompressiva é a oxigenoterapia hiperbárica. Esse procedimento envolve a administração de oxigênio puro em uma câmara hiperbárica, onde a pressão é aumentada. Isso ajuda a eliminar as bolhas de gás do corpo e a aliviar os sintomas. A rapidez na busca por tratamento adequado é crucial para minimizar os danos e as complicações.

Para prevenir a doença descompressiva, mergulhadores devem seguir algumas diretrizes de segurança, como fazer ascensões lentas e controladas, realizar paradas de descompressão conforme necessário e respeitar os limites de profundidade e tempo de mergulho. A conscientização sobre os riscos e a preparação adequada são fundamentais para garantir uma experiência de mergulho segura e saudável.

Mergulhe com segurança

Antes de se aventurar em mergulho, é fundamental obter treinamento adequado por meio de cursos reconhecidos, como os oferecidos pela PADI ou NAUI. Um bom instrutor fornecerá as técnicas necessárias, além de orientações sobre segurança e procedimentos de emergência.

O planejamento é essencial para garantir a segurança durante a atividade. Cada mergulho deve ser cuidadosamente planejado, levando em consideração a profundidade, o tempo de fundo, as condições do mar e o perfil dos mergulhadores.

Familiarizar-se com o local de mergulho é crucial para evitar acidentes. Conhecer os riscos associados ao local, como correntes fortes e pontos de naufrágio, pode fazer toda a diferença na segurança da atividade.

Durante a ascensão, é importante manter uma taxa lenta e controlada, geralmente não superior a 9 metros por minuto. Isso reduz o risco de formação de bolhas de gás no corpo, minimizando a probabilidade de desenvolver uma doença descompressiva.

Se o mergulho for profundo ou longo, realizar paradas de descompressão durante a ascensão é essencial. Essas paradas permitem que o gás acumulado seja liberado de forma segura, evitando complicações.

Estabelecer sinais de mão e métodos de comunicação subaquática com seu parceiro de mergulho é essencial. A comunicação clara garante que ambos podem ajudar em emergências e que tenham consciência do outro durante a atividade.

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