Entenda como funciona o pedágio sem cancelas! Descubra os benefícios, como é feita a cobrança, e como ele melhora o fluxo de veículos nas estradas
Beatriz Caroline Men Publicado em 23/10/2024, às 15h30
O Contran aprovou uma nova regulamentação que amplia o prazo para o pagamento do pedágio, proporcionando mais transparência para que os motoristas identifiquem as rodovias que adotam o sistema de trânsito livre.
O pedágio eletrônico, também conhecido como free flow ("fluxo livre" em inglês), é um sistema de cobrança que dispensa o uso de cabines de atendimento e a necessidade de uma tag por parte do motorista. Com esse sistema, o motorista não precisa nem mesmo reduzir a velocidade para que os dados do veículo sejam lidos.
Uma das principais vantagens do pedágio eletrônico é a possibilidade de cobrança por trecho percorrido, já que é possível identificar o ponto de entrada e saída do carro na rodovia. Esse modelo já está em uso em mais de 20 países, incluindo Noruega, Portugal, Estados Unidos, Itália, China e Chile, que foi um dos primeiros na América Latina a implementar o sistema.
No Brasil, o pedágio eletrônico já está disponível em rodovias federais, como a Rodovia Rio-Santos (BR-101), e agora foi autorizado para ser utilizado também em vias urbanas e rurais, abrangendo estradas e rodovias federais, estaduais, distritais e municipais em todo o país.
A função do pedágio eletrônico é exclusivamente a identificação correta do veículo para a cobrança. As câmeras e sensores instalados nos pórticos são utilizados apenas para esse propósito.
Caso o pagamento do pedágio não seja realizado, uma multa por evasão de pedágio é emitida. Essa infração é considerada grave, resultando em uma penalidade de R$ 195,23 e na adição de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do motorista.
O sistema de cobrança do free flow é baseado na tecnologia de leitura de tags, já amplamente utilizada no Brasil, mas com importantes inovações para garantir o reconhecimento adequado de cada tipo de veículo.
Diversas câmeras e sensores são instalados em pórticos fixos ao longo das estradas. Esses dispositivos identificam os veículos que utilizam as tags e também fazem a leitura das placas para determinar quem será cobrado.
Além disso, algumas câmeras contam com duas lentes, permitindo a visualização em 3D. Essas câmeras são responsáveis por identificar o tipo de veículo, incluindo o número de eixos e quais estão levantados. Isso garante uma cobrança precisa para diferentes tipos e tamanhos de caminhões, por exemplo.
Para melhorar a identificação em condições adversas, luzes infravermelhas são utilizadas, permitindo a leitura mesmo em situações de neblina ou fumaça.
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