Apesar da juventude, a Geração Z já lida com diversos desafios econômicos, como inflação elevada e taxas de juros em níveis históricos; entenda
Marina Borges Publicado em 05/11/2024, às 14h00
Nos dias de hoje, a Geração Z — jovens nascidos entre 1995 e 2012 — enfrenta uma realidade financeira complexa. Segundo um estudo da TransUnion, pessoas com cerca de 20 anos apresentam um perfil de consumo e endividamento preocupante: elas recebem salários menores, acumulam mais dívidas e mostram taxas de inadimplência mais altas em comparação com a geração Millennial na mesma idade. E, apesar da juventude, a Geração Z já lida com diversos desafios econômicos, como inflação elevada e taxas de juros em níveis históricos, que pressionam seus orçamentos.
Com a recente pandemia e as dificuldades econômicas atuais, esses jovens buscam maneiras de equilibrar as finanças em um cenário de preços elevados para itens básicos, como aluguel, transporte e alimentação. Entender os desafios enfrentados e as possíveis soluções pode ser o primeiro passo para essa geração manter sua saúde financeira sem abrir mão de seus valores e estilo de vida. Confira a seguir.
A Geração Z entra no mercado de trabalho com salários iniciais mais baixos do que seus predecessores, o que é agravado por uma inflação persistente que encarece produtos e serviços essenciais. De acordo com especialistas, itens como aluguel e alimentação representam uma parcela considerável dos gastos desses jovens, que muitas vezes precisam destinar uma boa parte de seus rendimentos para cobrir essas despesas.
Além disso, muitos não têm casa própria e precisam lidar com o aumento do custo dos aluguéis, o que pode dificultar ainda mais a construção de uma base financeira estável. Assim, a realidade financeira da Geração Z está marcada por um cenário de alto custo de vida, no qual manter uma reserva financeira e se planejar para o futuro é uma tarefa desafiadora.
Com o aumento do custo de vida, o uso de crédito tornou-se uma saída comum para a Geração Z. Contudo, essa estratégia tem seus riscos, já que muitos jovens recorrem aos cartões de crédito para cobrir despesas e acabam se endividando. A TransUnion revelou que os saldos médios de cartões de crédito de consumidores dessa geração são consideravelmente mais altos em comparação aos dos Millennials há dez anos, e isso se reflete nas taxas de inadimplência, que também são mais elevadas.
Para evitar o acúmulo excessivo de dívidas, especialistas recomendam que os jovens busquem alternativas, como o refinanciamento de dívidas de cartão de crédito com opções de juros mais baixos, como empréstimos pessoais. Esses empréstimos permitem consolidar débitos em uma única dívida, com menor taxa de juros, facilitando o pagamento sem comprometer o orçamento. Outra dica é evitar o pagamento mínimo da fatura do cartão, pois isso apenas acumula juros, tornando a dívida cada vez maior.
A educação financeira é uma ferramenta fundamental para a Geração Z e pode ajudá-los a adotar um consumo consciente e planejar melhor seu futuro financeiro. Muitos jovens têm acesso fácil ao crédito, mas poucos sabem lidar com os impactos de juros compostos e dívidas. Começar o planejamento financeiro com controle de gastos, criação de uma reserva de emergência e poupança mensal pode ser um caminho para reduzir o endividamento.
Além disso, a mudança para um consumo consciente ajuda a evitar gastos desnecessários. Isso envolve definir prioridades, como focar em investimentos que trarão benefícios a longo prazo e reduzir o consumo em áreas não essenciais, permitindo que os jovens mantenham o equilíbrio financeiro sem sacrificar suas metas.
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