Jovem cearense enfrenta complicações advindas do quadro de síndrome de Cushing - Reprodução/Fantástico
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Síndrome de Cushing: entenda o raro tumor que mudou a cor da pele de jovem cearense

Além de alterações na pele, a síndrome de Cushing pode provocar compressão de órgãos vitais, dificuldade respiratória e risco maior de infecções

Marina Borges Publicado em 24/11/2024, às 20h00

A luta de Sabrina, uma jovem cearense de 24 anos, trouxe à tona os desafios enfrentados por quem convive com a síndrome de Cushing, uma condição rara e debilitante. Desde os 15 anos, ela enfrenta os efeitos de um tumor no timo, que provoca alterações hormonais graves, levando ao excesso de cortisol no organismo. O impacto dessa desregulação é devastador: além de problemas metabólicos e cardiovasculares, a jovem vivenciou mudanças significativas na coloração da pele, adquirindo um tom bronzeado incomum devido à produção excessiva de ACTH pelo tumor.

O caso de Sabrina reflete a complexidade de se lidar com a síndrome de Cushing e os desafios do tratamento no Brasil, especialmente quando opções inovadoras, como o lutécio radioativo, não estão amplamente disponíveis no sistema público de saúde. A seguir, explicamos o que é a síndrome, seus sintomas e como ela impacta a vida de quem convive com a condição.

O que é a síndrome de Cushing?

A síndrome de Cushing é uma condição causada pelo excesso de cortisol no organismo. Esse hormônio, produzido pelas glândulas adrenais, é essencial para regular o metabolismo, a pressão arterial e a resposta ao estresse. Quando o corpo recebe doses elevadas de cortisol por longos períodos, os efeitos podem ser graves e multifacetados.

Embora possa ser desencadeada pelo uso excessivo de medicamentos corticosteroides, como prednisona, a síndrome também pode ser provocada por tumores que estimulam a produção de ACTH, o hormônio que ativa as glândulas adrenais. Tumores como o de Sabrina, localizado no timo, estão entre os responsáveis mais raros por essa desregulação hormonal.

Sintomas

Os sintomas da síndrome de Cushing são diversos e afetam diferentes sistemas do corpo. Entre os principais sinais estão:

A síndrome de Cushing provoca alterações na pele, como aconteceu com Sabrina - Foto: Reprodução/Fantástico

 

Em casos avançados, como o de Sabrina, complicações adicionais incluem compressão de órgãos vitais, dificuldade respiratória e maior suscetibilidade a infecções.

Como é o diagnóstico e tratamento da síndrome de Cushing?

O diagnóstico da síndrome de Cushing envolve exames detalhados, incluindo medições dos níveis de cortisol no sangue, urina e saliva, além de testes de supressão com dexametasona. A localização do tumor também é identificada por exames de imagem, como tomografia ou ressonância magnética.

O tratamento depende da causa subjacente. Em muitos casos, a cirurgia para remover o tumor é a primeira opção. No entanto, quando o tumor é inoperável ou resiste a tratamentos convencionais, opções alternativas incluem:

A síndrome de Cushing pode requerer tratamento com radioterapia - Foto: Freepik 

 

O caso de Sabrina ilustra as limitações de acesso a tratamentos no Brasil. A jovem enfrenta dificuldades para obter o lutécio radioativo, uma terapia que pode ser crucial para frear o avanço do tumor. A demora na obtenção do medicamento agrava os sintomas e reduz as chances de controle da condição.

Como é viver com a síndrome de Cushing?

A vida com a síndrome de Cushing exige adaptações constantes. Além de lidar com os sintomas físicos, os pacientes enfrentam o impacto emocional e social da condição, como mudanças na aparência, cansaço extremo e limitações nas atividades diárias.

O apoio psicológico é fundamental para ajudar os pacientes a enfrentar os desafios da doença. Terapias complementares, como fisioterapia, nutrição especializada e acompanhamento emocional, também contribuem para melhorar a qualidade de vida.

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