Fabiana Justus foi diagnosticada com leucemia - Reprodução/Instagram
Câncer

Leucemia: o que é, tipos, causas, tratamentos, chances de cura; entenda a doença de Fabiana Justus

A leucemia é uma condição que requer tratamento especializado e pode afetar profundamente a vida dos pacientes; saiba tudo sobre a doença

Marina Borges Publicado em 14/05/2024, às 09h00

Fabiana Justus, conhecida por sua presença na mídia e nos negócios, enfrentou recentemente o diagnóstico de leucemia e, inclusive, já passou por um transplante de medula óssea, colocando em evidência a importância do diagnóstico precoce, tratamento adequado e pesquisa contínua sobre esta doença que afeta milhares de pessoas em todo o mundo.

Caracterizada pela produção excessiva e descontrolada de células brancas do sangue na medula óssea, a leucemia é uma condição complexa que requer tratamento especializado e pode afetar profundamente a vida dos pacientes. A seguir, AnaMaria aborda mais sobre a doença, seus tipos, tratamentos, chances de cura e os desafios enfrentados por aqueles que lutam contra a condição.

O que é leucemia e quais são os seus tipos?

A leucemia é uma forma complexa de câncer que afeta o sangue e a medula óssea, onde as células sanguíneas são produzidas. Essa condição ocorre quando há uma alteração genética nas células-tronco da medula óssea, levando-as a se multiplicarem de forma descontrolada e a não amadurecerem adequadamente. Como resultado, há um acúmulo de células sanguíneas anormais, conhecidas como células leucêmicas, que interferem na produção das células sanguíneas saudáveis.

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Existem diferentes tipos de leucemia, sendo os principais a leucemia mieloide aguda (LMA), a leucemia mieloide crônica (LMC), a leucemia linfoblástica aguda (LLA) e a leucemia linfocítica crônica (LLC). Cada tipo de leucemia é classificado de acordo com o tipo de células afetadas e o ritmo de progressão da doença. Confira detalhes sobre cada tipo: 

Cada tipo de leucemia é classificado com base no tipo de células afetadas, no ritmo de progressão da doença e em outros fatores específicos. O tratamento e o prognóstico variam de acordo com o tipo e o estágio da leucemia, bem como com a idade e a saúde geral do paciente.

Causas, sintomas e diagnóstico da leucemia

Foto: Freepik/tirachardz

 

Afinal, o que dá leucemia? As causas exatas da doença ainda não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida possam desempenhar um papel no desenvolvimento da doença. Alguns fatores de risco incluem exposição a produtos químicos tóxicos, radiação ionizante, tabagismo, histórico familiar de leucemia e certos distúrbios genéticos.

Ainda em relação às causas, muitas pessoas se perguntam se anemia causa leucemia, e a resposta é não. A anemia ocorre quando há falta de glóbulos vermelhos saudáveis, enquanto a leucemia é um câncer que afeta as células sanguíneas na medula óssea. Embora possam compartilhar sintomas semelhantes, como fadiga e fraqueza, não há uma relação direta entre anemia causar leucemia. No entanto, a leucemia pode resultar em anemia devido à interferência na produção normal de glóbulos vermelhos.

Além de fadiga e fraqueza, há outros sintomas comuns da leucemia, os quais podem variar de acordo com o tipo e o estágio da doença, mas geralmente incluem: febre, perda de peso inexplicável, aumento dos gânglios linfáticos, dores ósseas e articulares, hematomas ou sangramentos frequentes e infecções recorrentes. O diagnóstico da doença, por sua vez, geralmente envolve exames de sangue para verificar os níveis de células sanguíneas e análises da medula óssea para identificar células leucêmicas.

Como é o tratamento da leucemia?

Foto: Freepik

 

O tratamento da leucemia varia dependendo do tipo e do estágio da doença, bem como das características individuais do paciente. Geralmente, o tratamento pode incluir uma combinação de terapias, tais como:

O tratamento específico recomendado para cada paciente dependerá de vários fatores, incluindo o tipo e o estágio da leucemia, a idade e a saúde geral do paciente, bem como suas preferências individuais. O objetivo do tratamento é alcançar a remissão da doença, ou seja, a ausência de células leucêmicas detectáveis no corpo.

Em alguns casos, a leucemia pode ser curada, enquanto em outros, o tratamento pode ajudar a controlar a doença e prolongar a vida do paciente. O acompanhamento médico regular é essencial para monitorar a resposta ao tratamento e ajustar a terapia conforme necessário.

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Quais as chances de cura da leucemia?

Fabiana Justus celebra sucesso do transplante de medula óssea - Foto: Reprodução/Instagram

 

As chances de cura da leucemia variam dependendo de vários fatores, incluindo o tipo específico de leucemia, a idade do paciente, o estágio da doença no momento do diagnóstico e a resposta ao tratamento. No geral, muitos tipos de leucemia têm boas taxas de cura, especialmente quando diagnosticados precocemente e tratados de forma adequada.

Para leucemias agudas, como a leucemia linfoblástica aguda (LLA) em crianças e a leucemia mieloide aguda (LMA) em adultos, as taxas de cura podem ser bastante altas, especialmente com os avanços nos tratamentos disponíveis, como quimioterapia intensiva, terapia-alvo e transplante de células-tronco hematopoéticas.

Já para leucemias crônicas, como a leucemia mieloide crônica (LMC) e a leucemia linfocítica crônica (LLC), as taxas de sobrevivência a longo prazo também são geralmente boas, especialmente com o uso de terapias-alvo específicas.

No entanto, é importante ressaltar que cada caso é único e as taxas de cura podem variar. É fundamental que os pacientes diagnosticados com a doença recebam acompanhamento médico adequado e sigam as orientações de tratamento fornecidas por suas equipes médicas para aumentar as chances de cura e garantir a melhor qualidade de vida possível.

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A vida do paciente é normal após a cura da leucemia?

Após a cura da leucemia, muitos pacientes conseguem retomar uma vida normal, mas é importante entender que a experiência pode variar de pessoa para pessoa. Alguns pacientes podem enfrentar desafios físicos, emocionais e psicológicos após o tratamento, enquanto outros podem se recuperar completamente e retomar suas atividades cotidianas.

Fatores como o tipo específico de leucemia, o estágio da doença, os tratamentos realizados e as condições de saúde individuais podem influenciar na recuperação e na qualidade de vida pós-tratamento.

Alguns pacientes podem lidar com efeitos colaterais a longo prazo dos tratamentos, como fadiga, problemas de memória e concentração, problemas cardíacos ou pulmonares, distúrbios hormonais, entre outros. Além disso, o impacto emocional do diagnóstico e do tratamento da doença pode ser significativo, e muitos pacientes podem enfrentar ansiedade, depressão, medo de recidiva ou mudanças nas relações pessoais e sociais.

No entanto, muitos pacientes encontram maneiras de lidar com esses desafios e reconstruir suas vidas após o tratamento. O apoio da família, amigos e profissionais de saúde, junto de estratégias de autocuidado, como alimentação saudável, atividade física regular, terapia de suporte e acompanhamento médico contínuo, podem ajudar os pacientes a se adaptarem à vida após a leucemia e a recuperar uma boa qualidade de vida.

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Há formas de prevenir a leucemia?

Hábitos saudáveis fortalecem o sistema imunológico, reduzindo o risco de desenvolver câncer - Foto: Freepik

 

Até os dias atuais, não existem medidas específicas conhecidas para prevenir a leucemia de forma absoluta, principalmente porque as causas exatas da doença ainda não são totalmente compreendidas. No entanto, algumas práticas gerais podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver leucemia ou outras formas de câncer.

Adotar hábitos saudáveis, como manter uma dieta equilibrada rica em frutas, vegetais e grãos integrais, praticar exercícios físicos regularmente e evitar o consumo excessivo de álcool e o tabagismo, pode ajudar a fortalecer o sistema imunológico e reduzir o risco de desenvolver câncer, incluindo a leucemia. Além disso, reduzir a exposição a produtos químicos conhecidos por serem carcinogênicos, como pesticidas, solventes industriais e produtos químicos utilizados na fabricação de plásticos, pode ser benéfico.

Evitar exposições desnecessárias à radiação ionizante, como raios-X e radiação ultravioleta, também pode ajudar a reduzir o risco de leucemia. Para pessoas que trabalham em ambientes onde há exposição a substâncias químicas ou agentes cancerígenos, seguir as práticas de segurança ocupacional e utilizar equipamentos de proteção adequados pode ajudar a reduzir o risco de leucemia ocupacional.

Uma medida que segue sendo crucial é realizar exames médicos regulares e seguir as orientações do médico para a detecção precoce de qualquer problema de saúde, incluindo a leucemia, o que pode aumentar as chances de um diagnóstico precoce e um tratamento bem-sucedido.

Embora essas medidas possam ajudar a reduzir o risco de desenvolver leucemia, é importante lembrar que nem sempre é possível prevenir a doença. A conscientização sobre os fatores de risco e a busca por um estilo de vida saudável são passos importantes para promover a saúde e o bem-estar geral.

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