Desidratação em idosos: dicas para uma hidratação adequada e sinais de alerta

Imagine um idoso sentindo-se fraco, confuso e com muita sede. Essa é a realidade de muitos que sofrem com a desidratação. A perda de líquidos pode afetar diversas funções do organismo, comprometendo a qualidade de vida e aumentando o risco de complicações. Mas como identificar os sinais de desidratação em idosos e como prevenir esse problema? AnaMaria conversou com o geriatra Natan Chehter, membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, que oferece orientações importantes para garantir a saúde e o bem-estar das pessoas da terceira idade.

A seguir, confira os principais sinais de desidratação, os fatores de risco e como garantir uma hidratação adequada para os idosos.

Quais são os sinais de desidratação em idosos?

A desidratação em idosos pode se manifestar de diversas formas, e nem sempre os sintomas são óbvios. A boca pegajosa e a urina escura são sinais claros de que o corpo precisa de água. No entanto, em idosos, esses sinais podem ser mais sutis ou até mesmo ausentes. A diminuição da sensação de sede, comum nessa fase da vida, dificulta a percepção da necessidade de se hidratar. Além disso, doenças crônicas como diabetes e problemas renais podem agravar o quadro, tornando a desidratação ainda mais perigosa.

Além da sede, outros sinais a serem observados incluem:

• Alterações na urina: a urina fica mais escura e em menor quantidade;
  
  
• Boca seca e pegajosa: a sensação de boca seca é um dos primeiros sinais de desidratação;
  
  
• Pele seca e com perda de elasticidade: a pele pode parecer mais áspera e menos elástica;
  
  
• Tontura e vertigem: a desidratação pode causar queda da pressão arterial, levando a tonturas e vertigens;
  
  
• Cansaço excessivo e fraqueza: a desidratação pode levar à fadiga e dificuldade para realizar atividades do dia a dia;
  
  
• Confusão mental: em casos mais graves, a desidratação pode causar confusão mental, irritabilidade e alucinações;
  
  
• Fezes endurecidas: a desidratação pode levar ao ressecamento das fezes, dificultando a evacuação.

É importante ressaltar que nem todos os idosos apresentarão todos esses sintomas. A intensidade e a variedade dos sintomas podem variar de acordo com o grau de desidratação e as condições de saúde de cada indivíduo.

Dicas para uma hidratação adequada

A prevenção da desidratação em idosos é fundamental. De acordo com Natan, algumas medidas simples podem ajudar a garantir uma boa hidratação, como:

• Oferecer líquidos regularmente: estimule o consumo de água ao longo do dia, mesmo que o idoso não sinta sede;
  
  
• Variar as bebidas: além da água, ofereça sucos naturais, chás, água de coco e sopas;
  
  
• Alimentos ricos em água: inclua na dieta frutas e legumes com alto teor de água, como melancia, melão, pepino e tomate;
  
  
• Monitorar a cor da urina: a urina deve ser clara ou amarela pálida. Se estiver muito escura, pode ser sinal de desidratação;
  
  
• Ambiente agradável: mantenha o ambiente fresco e úmido, especialmente em dias quentes;
  
  
• Auxiliar na hora de beber: se o idoso tiver dificuldades para segurar o copo, ofereça um canudo ou utilize um copo com alças;
  
  
• Atenção aos medicamentos: alguns medicamentos podem aumentar o risco de desidratação. Consulte o médico para verificar se é o caso.

O que fazer no calor?

Em dias quentes, a necessidade de hidratação aumenta ainda mais. Algumas dicas específicas para o verão incluem:

• Aumentar a ingestão de líquidos: ofereça líquidos frescos e saborosos para estimular o consumo;
  
  
• Evitar bebidas alcoólicas e cafeína: essas bebidas podem aumentar a perda de líquidos;
  
  
• Usar roupas leves e claras: roupas leves e claras ajudam a manter a temperatura corporal mais baixa;
  
  
• Proteger-se do sol: evite se expor ao sol nas horas mais quentes do dia e use protetor solar.

A desidratação em idosos é um problema sério que pode ter consequências graves para a saúde. Ao identificar os sinais de desidratação e seguir as dicas de hidratação, é possível prevenir essa condição e garantir uma melhor qualidade de vida para os idosos.

Lembre-se: a prevenção é o melhor remédio. Ao oferecer água e líquidos adequados, monitorar a ingestão de líquidos e estar atento aos sinais de desidratação, você estará contribuindo para a saúde e o bem-estar dos idosos.

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