A lua cheia é responsável por promover algumas mudanças na Terra - Freepik/wirestock
Entenda

Lua cheia influencia marés e outros fenômenos e pode ser a causa de insônia e mais comportamentos

Entenda como a relação entre a lua cheia e esses fenômenos, que são cercados de mistérios que atravessam culturas e gerações, afetam o nosso cotidiano

Marina Borges Publicado em 21/11/2024, às 13h30

A lua cheia sempre despertou fascínio e curiosidade. Além de ser um espetáculo natural, ela influencia profundamente a Terra e os seres vivos, regulando as marés, afetando o comportamento de animais e até interferindo no sono humano. Embora algumas dessas conexões sejam comprovadas cientificamente, outras ainda despertam debates e mantêm vivas tradições culturais e crenças que atravessam séculos. Afinal, o que realmente acontece quando a Lua cheia brilha no céu?

A seguir, entenda melhor como a relação entre a lua e esses fenômenos, que são cercados de mistérios que atravessam culturas e gerações, afetam o nosso cotidiano.

Como a lua cheia regula as marés e o solo

A lua cheia é um dos fatores principais por trás das marés mais intensas. Durante esse período, a gravidade da Lua se alinha com a do Sol, criando as marés de sizígia, que se destacam por serem mais altas e mais baixas que o habitual. Esse fenômeno ocorre devido à força gravitacional combinada desses dois corpos celestes, que "puxam" a água dos oceanos em direções opostas.

Mas as influências não param por aí. Agricultores ao redor do mundo, especialmente em comunidades tradicionais, acreditam que a lua cheia traz benefícios ao solo. Estudos indicam que esse período pode aumentar a umidade na superfície terrestre, criando condições favoráveis para o plantio. Não por acaso, em lugares como Bali, agricultores aproveitam o Purnama, uma celebração lunar, para plantar sementes e mudas, reforçando a conexão entre o ciclo lunar e o crescimento das plantas.

Insônia e alterações no sono humano

A ciência também estuda como a lua cheia afeta o sono humano. Pesquisas recentes sugerem que as pessoas enfrentam mais dificuldades para adormecer durante esse período, mesmo quando não estão expostas diretamente à luz da Lua. Uma das razões apontadas é a queda nos níveis de melatonina, hormônio responsável por regular o sono.

Participantes de estudos relataram noites menos restauradoras e um tempo reduzido em sono profundo. Interessante notar que esses efeitos foram observados mesmo em ambientes totalmente vedados, indicando que a influência da Lua vai além do seu brilho visível. Essa conexão entre o ciclo lunar e o sono humano pode estar ligada a fatores evolutivos, já que a Lua cheia, no passado, proporcionava mais luz noturna, influenciando os hábitos das primeiras civilizações.

Comportamento animal: o instinto à flor da pele

Animais também demonstram comportamentos diferentes durante a lua cheia. Um estudo conduzido no Reino Unido revelou que o número de mordidas de animais em humanos aumentava nos dias ao redor da Lua cheia. Os pesquisadores observaram que, entre 1997 e 1999, o número de atendimentos hospitalares por mordidas crescia significativamente nesse período.

Embora as causas exatas permaneçam incertas, algumas hipóteses incluem o aumento da iluminação noturna, que pode alterar padrões de caça e vigília de animais, e os ciclos biológicos regulados pela gravidade lunar. Isso reforça como a Lua cheia pode atuar como um gatilho para comportamentos mais instintivos em diversas espécies.

Outros efeitos e crenças culturais

A lua cheia afeta o nosso cotidiano de diversas maneiras - Foto: Freepik/wirestock

 

Além dos impactos físicos e comportamentais, a lua cheia possui um simbolismo especial em diversas culturas. Em Bali, por exemplo, o Purnama é um festival que celebra a Lua cheia com cerimônias espirituais e atividades agrícolas. Na astrologia, ela é vista como um momento de culminação e revelação, influenciando emoções e decisões. Embora muitos desses aspectos sejam subjetivos, eles ilustram a profunda conexão entre a humanidade e o ciclo lunar.

Para além das crenças, há também um componente prático. A luz mais intensa durante a lua cheia foi utilizada por milênios para caçadas, celebrações e mesmo como referência para a passagem do tempo em calendários agrícolas. Essa dualidade entre ciência e tradição continua a moldar como interpretamos os fenômenos celestes.

A lua cheia não é apenas um espetáculo visual no céu noturno; seus efeitos vão muito além do que podemos ver. Desde a regulação das marés até mudanças sutis no comportamento humano e animal, ela desempenha um papel fundamental em diversos aspectos da vida na Terra. Seja na ciência ou na cultura, sua presença continua a nos intrigar e a inspirar. Da próxima vez que admirar a lua cheia, lembre-se: ela está influenciando mais do que você imagina.

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