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Obesidade em mulheres cresce no Brasil; como reverter o quadro

Obesidade em mulheres é uma doença crônica, multifatorial e complexa. Além da genética, estão sedentarismo, compulsão e ansiedade entre os gatilhos

Amanda Figueiredo Publicado em 07/09/2024, às 09h10

Como nutricionista especialista em saúde da mulher (prazer, Amanda Figueiredo), decidi estrear a coluna com um dado alarmante e que, segundo as projeções, não tende a melhorar: no Brasil, mais da metade dos adultos (60,3%) apresentam excesso de peso, o que representa 96 milhões de pessoas. As mulheres são a maioria, 62,6%, conforme dados da Pesquisa Nacional de Saúde.

Muito além da estética, as estatísticas preocupam porque o  sobrepeso e a obesidade estão associados a uma série de complicações de saúde, que afetam diretamente a qualidade de vida. Entre os riscos mais graves estão:

Doenças cardiovasculares: O excesso de peso pode levar a hipertensão arterial, doenças do coração e aumento do colesterol LDL ("ruim").

Diabetes tipo 2: A resistência à insulina, comum em pessoas com obesidade, pode resultar no desenvolvimento do diabetes tipo 2.

Problemas musculoesqueléticos: O sobrepeso coloca uma pressão extra sobre as articulações, aumentando o risco de osteoartrite e dor nas costas.

Distúrbios hormonais: Em mulheres, a obesidade pode afetar o ciclo menstrual, aumentar o risco de síndrome dos ovários policísticos e complicar a fertilidade.

Câncer: Estudos mostram que o excesso de peso pode estar relacionado a um aumento no risco de vários tipos de câncer, incluindo mama e endométrio.

Obesidade em mulheres: uma doença, diversos fatores 

A obesidade é uma doença crônica, multifatorial e complexa. Além da genética, estão o sedentarismo, a ansiedade e a compulsão alimentar entre os principais gatilhos para gordura excedente no organismo. Esse cenário envolve muitos sistemas no nosso corpo, como o metabolismo e o equilíbrio hormonal. 

Como a obesidade é multifatorial e complexa, tratá-la pode exigir uma abordagem combinada, envolvendo mudanças na alimentação, aumento da atividade física, apoio nutricional, médico e psicológico.

Vamos reverter esse quadro?

A perda de peso ocorre quando há um déficit calórico, ou seja, quando você consome menos calorias do que o seu corpo gasta.

Quanto mais natural a alimentação, melhor. Se você tiver uma alimentação saudável, evitar ultraprocessados, com certeza você vai ter melhor nível de colesterol, de glicemia e baixo risco de obesidade.

Assim, priorize frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras. Esses alimentos são ricos em nutrientes e fibras, o que pode ajudar a promover a saciedade e reduzir a ingestão de calorias.

Técnicas como controle de gatilhos alimentares, auto-monitoramento e estabelecimento de metas podem ajudar a alterar hábitos alimentares e de exercício. A terapia comportamental e o uso de estratégias de auto-monitoramento têm sido eficazes na promoção de mudanças sustentáveis no comportamento alimentar.

Por fim, o conhecimento sobre nutrição e hábitos alimentares saudáveis é crucial para manter a perda de peso e prevenir o reganho. 

Conte comigo nessa jornada!

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