Aberfan - The Crown -Olivia Colman - Netflix

Influenciadores no Rio Grande do Sul: o que "The Crown" pode nos ensinar?

Presença de celebridades e influenciadores nas cidades afetadas estimula ódio nas redes sociais, tirando o foco do principal: a soliedariedade

Renan Pereira Publicado em 10/05/2024, às 02h38

A catástrofe ambiental que estamos presenciando no Rio Grande do Sul estimula debates importantes. Alguns são urgentes como o da preservação do meio ambiente e áreas de proteção ambiental, já outros, completamente desnecessários, como por exemplo se a ajuda de influenciadores é bem-vinda ou não nas cidades.

Com excessão daquelas que possuem formação técnica, como por exemplo a ex-BBB Thelminha, que é médica e além de ajudar de forma prática, pode também se comunicar com a comunidade médica de todo o país pela TV e suas redes sociais, orientando sobre a realidade nos hospitais nas cidades atingidas, a presença de personalidades e influenciadores tem causado mais ódio nas redes sociais do que ajudado a entender o que de fato está acontecendo. Afinal, o que é mais importante? Saber se a ajuda do ex- BBB Davi é legítima, ou saber como o Brasil pode se preparar daqui em diante em relação a tragédias potencializadas por problemas ambientais?

Neste contexto, é importante relembrar um episódio da terceira temporada da série "The Crown", da Netflix, chamado "Aberfan". Nele, uma mina de carvão acaba cedendo e matando dezenas de crianças em uma escola pública.  O episódio é baseado em fatos reais que ocorreram no País de Gales, em 1966.

E o que fez a Rainha Elizabeth II diante da morte de 116 crianças inocentes? Ela disponibilizou a ajuda necessária e esperou. A soberana do território demorou oito dias para visitar a cidade que estava abalada e em luto profundo. E qual o motivo da espera ? Ela acreditava que sua presença no local iria atrapalhar o trabalho do resgate, já que a presença da Rainha sempre atraia curiosos e chamava mais atenção do que qualquer outra coisa, criando tumulto desnecessário, exatamente como estamos vendo atualmente.

Diferenças culturais à parte, é claro que a ajuda de influenciadores é bem-vinda, eles têm o poder de angariar fundos e arrecadar valores extratosféricos. No entanto, não seria de bom tom questionar a ida a um local que não tem água e nem comida para as pessoas que moram lá? 

Falta orientação, assessoria e bom senso para essa gente!

 

 

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