É melhor correr na rua ou na esteira?

Calçar um par de tênis, vestir roupas confortáveis e começar a correr. Para uma corrida bem feita, uma das modalidades mais populares entre quem deseja se exercitar, não existe mistério. 

No entanto, pode surgir a dúvida sobre o local mais apropriado para treinar: na rua ou na esteira?

Em entrevista à AnaMaria Digital, a personal trainer Sol Meneghini explica que as duas opções são muito úteis durante os treinamentos. Apesar disso, cada uma oferece finalidades e desafios diferentes. 

ESTEIRA

A corrida na esteira é indicada, principalmente, para os que estão tentando evitar o sedentarismo. É a mais recomendada também para quem está com sobrepeso, pois você consegue controlar o ritmo da atividade. 

Também é mais interessante para indivíduos pouco treinados, que estão retornando de alguma lesão ou pessoas que não possuem uma boa técnica de corrida, uma vez que a esteira proporciona menor impacto para o praticante.

Além disso, o treino na esteira oferece mais possibilidade de planejamento e customização, como ajustar a velocidade, inclinação e distâncias, o que acaba tornando o exercício mais eficiente e preciso. 

Outra vantagem é a localização: o ambiente fechado não causa nenhuma interferência no treino. Afinal, você não precisa se preocupar com buracos, carros, pessoas, animais ou piso escorregadio, né? 

Isso significa que treinar na esteira é, portanto, uma excelente maneira de focar na sua técnica e produtividade na corrida.

A atenção tende a ser concentrada somente no treino, o que pode ser um grande benefício para quem busca evoluir seu desempenho. Com esse exercício, é possível avaliar aspectos como pisada, postura e respiração.

AR LIVRE

As corridas ao ar livre também apresentam vários pontos positivos. A personal trainer explica que a tendência é de que o praticante sinta maior impacto no organismo. 

Quando conta com uma boa preparação, isto é, a musculatura é bem desenvolvida e biomecânica está correta, elas auxiliam muito na saúde osteomuscular e até mesmo dos discos intervertebrais. 

O exercício exige maior resistência pelo terreno acidentado e ausência da rolagem da esteira, o que diminui a necessidade de ação do músculo posterior da coxa. A densidade óssea agradece!

Por outro lado, as interferências da rua que marcam a corrida de rua também podem ser encaradas de forma positiva. O indivíduo desfruta da luz solar, da paisagem, do cheiro do ambiente... 

Esses são fatores associados à redução de estresse, ao sentimento de positividade e à maior possibilidade de integração com pessoas – pelo menos antes da pandemia do coronavírus.

Correr ao ar livre também diminui o risco de desidratação. Diferentemente do treino em ambientes fechados, na rua há circulação de vento e, assim, o corpo tem menos facilidade em superaquecer. 

TEXTO: Juliana Ribeiro
REVISÃO: Vivian Ortiz 
EDIÇÃO: Vinicius Lopes
CRÉDITOS: Unsplash, Pixabay e Tenor