após a covid-19?
A perda da capacidade de sentir cheiro ou olfato é um dos principais sintomas da covid-19, e pode surgir em qualquer fase ou mesmo nem aparecer. Em muitos casos, ela vem associada a ausência do sabor.
O grande problema, porém, é que essa situação pode durar meses. Ou seja: mesmo após a pessoa ter se curado do novo coronavírus, não há como saber quem vai recuperar e quem vai ficar com a perda.
Mas, de acordo com a otorrinolaringologista Maura Neves, existe um jeito de combater essa sequela: fazendo uma série de exercícios em uma espécie de 'fisioterapia de cheiros'.
Para começar, saiba que existem tipos diferentes de perda do olfato: a total (anosmia) e a parcial (hiposmia).
O problema maior está nas alterações de percepção do cheiro, como na parosmia (em que um cheiro "bom" é identificado como ruim pelo cérebro) e na fantosmia (que é sentir cheiros que não existem).
Mas essa perda de cheiro pode afetar o paladar?
Sim! Ela também pode afetar a sensação de sabor. No caso da covid-19, a perda do paladar é o que chama atenção para a ausência do olfato em grande parte das vezes.
Só que isso não é exclusivo da Covid-19, tá? Outros motivos podem causar a perda do olfato, como gripes e resfriados, traumas e batidas na cabeça, assim como Parkinson e Alzheimer.
Neste último caso, inclusive, o treinamento traz bons resultados, tanto para o cheiro quanto para a memória.
E como que eu faço esse treinamento do olfato?
Nada mais é que uma espécie de “fisioterapia” para o cheiro. A técnica consiste em estimular o nervo olfatório e as conexões cerebrais com aromas já conhecidos, ajudando na sua recuperação.
É simples fazer isso?
São utilizadas quatro fragrâncias de óleos essenciais para estímulo do olfato. Os aromas sugeridos são: rosa, eucalipto, limão e cravo.
Cada essência deve ser inalada por 10 segundos, com intervalo de 15 segundos entre cada uma. Repita 2x ao dia, durante 24 meses, para que haja tempo de recuperar a comunicação com o cérebro.
Ah! Fragrâncias 'domésticas' também podem ser usadas, como o café, cravo, mentol, baunilha, menta (pasta de dente) e vinagre. O modo de usar é o mesmo das anteriores.
TEXTO: Juliana Ribeiro
REVISÃO: Vivian Ortiz
EDIÇÃO: João Pedro Romanelli
CRÉDITOS: Unsplash , Pixabay e Tenor