Presente em sanduíches, salgados e pratos rápidos, o presunto faz parte da rotina de muitas famílias. Ainda assim, conforme reforçam especialistas, os embutidos carregam altas concentrações de sódio e conservantes, como nitritos e nitratos, substâncias que, quando consumidas em excesso, aumentam o risco de doenças crônicas. Isso quer dizer que o presunto faz mal à saúde? Entenda a seguir!
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica carnes processadas como alimentos potencialmente cancerígenos quando ingeridos em grande quantidade. Por isso, mesmo que o presunto esteja sempre à mão, faz diferença avaliar o quanto você o inclui na alimentação.
Segundo o nutrólogo Daniel Magnoni, da Rede de Hospitais São Camilo, o excesso de sódio pressiona o sistema cardiovascular, enquanto os conservantes levantam alerta por seu potencial carcinogênico.
Assim, embora o sabor conquiste, a moderação se torna indispensável. Além disso, ler rótulos e comparar versões ajuda você a tomar decisões mais conscientes.
Quais são os tipos de presunto
Os presuntos variam conforme o preparo, cozido, curado ou defumado, e a matéria-prima. Conforme explica Magnoni, cada versão apresenta vantagens e limitações importantes.
- Presunto cozido: Feito do pernil, reúne boas fontes de proteína e, na versão sem capa de gordura, traz baixo teor de gordura. Entretanto, concentra cerca de 200mg de sódio por 15g, além de aditivos que pedem atenção constante.
- Peito de peru: Apesar de magro e com menos gordura, o teor de sódio frequentemente supera o do presunto tradicional, chegando a mais de 350 mg por porção. Por isso, mesmo parecendo a alternativa “mais leve”, exige olhar cuidadoso para o rótulo.
- Presunto cru (como Parma, Prosciutto e Jamón): Passa por longa cura, o que aumenta sabor e densidade nutricional. Ao mesmo tempo, traz as maiores quantidades de sódio e gordura (cerca de 773mg por 15g), aproximando-se do limite diário recomendado. Assim, mesmo sendo apreciado em tábuas de frios, precisa ser reservado para ocasiões especiais.
- Apresuntado e defumado: O apresuntado conta com mais gordura e proteína de menor qualidade. Já o presunto defumado possui pouca gordura, mas mantém conservantes e características da defumação que ampliam a necessidade de cautela.
Presunto faz mal à saúde? Como reduzir o consumo
Para quem deseja equilibrar o consumo, escolher versões com menos sódio já representa um avanço. Entretanto, substituir o presunto por alimentos frescos costuma trazer ainda mais benefícios.
Conforme orienta Magnoni, ovos cozidos ou mexidos combinam bem com temperos naturais e oferecem proteínas de qualidade. Além disso, patês caseiros feitos com frango desfiado ou atum permitem controlar sal e gordura, garantindo mais sabor com menos aditivos.
Pastas nutritivas, como hummus e guacamole, também funcionam como recheios versáteis. Além disso, queijos brancos frescos, cottage e ricota apresentam menos sódio e gordura saturada, podendo entrar em sanduíches, saladas e torradas sem pesar no organismo.
Resumo: O presunto pode compor refeições práticas, mas carrega excesso de sódio e conservantes. Embora existam diferenças entre os tipos, a regra geral é consumir com moderação. Para uma rotina mais leve, alternativas frescas, como ovos, patês caseiros, hummus e ricota, ajudam a diminuir embutidos sem perder sabor.
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