A espinheira-santa é uma planta nativa da América do Sul, bastante usada em receitas de remédios naturais. Quem já ouviu falar dela sabe que suas folhas escondem ativos poderosos, como flavonoides, taninos e triterpenos. Essas substâncias garantem efeitos antioxidantes e protetores, especialmente quando o assunto é saúde do estômago. Não à toa, o chá de espinheira-santa ganhou espaço em muitas casas como alternativa para aliviar gastrite, azia, má digestão e até problemas de pele, como acne.
Apesar de ser uma grande aliada, é importante lembrar: o consumo deve ser feito com orientação de um profissional de saúde. A planta pode complementar tratamentos, mas não substitui o acompanhamento médico.
Para que serve o chá de espinheira-santa?
Os usos da espinheira-santa são diversos e vão além da proteção gástrica. Pesquisas apontam efeitos interessantes que justificam sua fama:
- Alívio para o estômago: suas propriedades reduzem a acidez e formam uma camada protetora na mucosa, o que ajuda a controlar dores, queimação e até úlceras.
- Ação contra a bactéria H. pylori: responsável por muitos casos de gastrite e úlcera, essa bactéria pode ser combatida com o auxílio das substâncias presentes na planta.
- Efeitos em pesquisas sobre câncer: estudos em laboratório mostram que alguns compostos da espinheira-santa diminuem a multiplicação de células cancerígenas. Contudo, são necessários mais testes em humanos.
- Apoio ao intestino: graças ao leve efeito laxativo, pode colaborar no tratamento da prisão de ventre leve a moderada.
- Diurético natural: ajuda o organismo a eliminar líquidos e pode auxiliar no combate a infecções urinárias.
- Tratamento da pele: usada em compressas, favorece a cicatrização de feridas pequenas, eczema e acne.
- Atividade antimicrobiana: substâncias presentes nas folhas apresentam efeito contra bactérias e até fungos, como o Aspergillus nigrans.
Como usar a espinheira-santa no dia a dia
O preparo em forma de chá é o mais conhecido, mas não é o único. Essa planta pode ser aproveitada de diferentes formas:
- Chá: feito com as folhas secas, deve ser consumido até três vezes ao dia, em jejum ou antes das refeições. O ideal é não ultrapassar seis meses de uso contínuo.
- Cápsulas: fáceis de encontrar em farmácias e lojas de produtos naturais, cada dose costuma ter 380 mg de extrato. A recomendação usual é de duas cápsulas, três vezes ao dia.
- Extrato-fluido: geralmente diluído em água, pode ser ingerido em doses de 15 a 20 gotas, após as refeições.
- Compressas: indicadas para uso externo, são preparadas com o próprio chá e aplicadas na pele afetada.
Possíveis efeitos colaterais
Embora seja uma opção natural, a espinheira-santa pode provocar alguns desconfortos, principalmente quando usada em excesso ou por mais tempo do que o indicado. Alterações no paladar, náuseas e boca seca estão entre os efeitos mais comuns. Além disso, algumas pessoas podem apresentar reações alérgicas.
Quem deve evitar o consumo da planta
Grávidas não devem consumir espinheira-santa, já que ela pode estimular contrações uterinas. Mulheres que estão amamentando também devem evitar, pois há risco de redução na produção de leite. Crianças menores de 12 anos e pessoas com alergia à planta precisam manter distância do seu uso.
Resumo: O chá de espinheira-santa é tradicionalmente usado como apoio no tratamento de problemas do estômago, mas também pode auxiliar na saúde da pele, do intestino e do trato urinário. No entanto, deve ser consumido com orientação médica, já que pode provocar efeitos colaterais e não é indicado para todos.
Leia também:
3 chás para gripe que trazem benefícios à saúde