O tenista sérvio Novak Djokovic deu o que falar nesta terça-feira (15). Isso porque o atleta deu uma entrevista à BBC em que afirmou que prefere perder um dos maiores campeonatos do esporte, o Grand Slams, do que ser vacinado contra a covid-19. O famoso já foi 20 vezes campeão da disputa e, com sua decisão, ele abriu mão de aumentar suas conquistas.
A entrevista desta terça-feira (15), foi a primeira que Djokovic deu após ter sido deportado da Austrália por ainda ter se vacinado e nem pretender tomar o imunizante contra a covid-19. O rapaz afirmou que não se considera anti-vacina, mas que acredita que tem o direito de escolher se será, ou não, vacinado.
A decisão o tira automaticamente do ‘Aberto da França’ e do ‘Wimbledon’ – dois grandes torneios famosos de tênis. O jogador foi questionado sobre isso e respondeu: “Esse é o preço que estou disposto a pagar”. E acrescentou: “Os princípios de tomada de decisão sobre meu corpo são mais importantes do que qualquer título ou qualquer outra coisa”.
Apesar de suas afirmações, o tenista afirmou que torce pelo fim da pandemia da covid-19 e que não é contra a vacinação. “Entendo que, globalmente, todos estão tentando fazer um grande esforço para lidar com esse vírus e ver, espero, um fim em breve”, disse.
Ainda à BBC, Djokovic afirmou que não descartou ser vacinado no futuro e que mantém sua mente aberta para isso.
VACINAS SALVAM
Vale sempre lembrar da importância da vacina. O estado australiano de Nova Gales do Sul (NSW), por exemplo, reportou que pessoas não vacinadas têm 16 vezes mais probabilidade de acabar em unidades de terapia intensiva ou morrer de covid-19.
Os dados mostraram que apenas 11% das 412 pessoas que morreram no surto da variante Delta, que ocorreu por quatro meses até o início de outubro, foram totalmente vacinadas. A idade média dessas mortes foi de 82 anos.
Já um levantamento feito pela CNN Brasil mostra que em pelo menos quatro capitais brasileiras mais de 80% das pessoas internadas com Covid-19 não estão com o esquema vacinal completo.
Assim, especialistas da Fiocruz reforçam a necessidade de aumentar a cobertura vacinal na população, incluindo a dose de reforço para dar uma proteção mais efetiva contra a variante Ômicron.