Douglas Silva foi um dos convidados para o almoço do líder, na tarde desta quarta-feira (30). Ele contou que seu irmão caçula sofre com ansiedade, e já foi alvo de violência durante crises.
A cantora, que tem uma irmã diagnosticada com epilepsia, refletiu sobre como algumas doenças ainda são vistas como “encostos espirituais”, em vez de serem reconhecidas e tratadas como problemas de saúde.
“Meu irmão teve crise de ansiedade. Ele queria ser padre. E ele fazia curso, seminário para ser padre e, dentro de um seminário, ele teve uma crise”, começou D.G, que recebeu uma resposta de Lina.
“E daí as pessoas acham que é tipo uma possessão, não é? Minha mãe sempre falava isso”, relembrou a artista.
“É. Tentaram amarrar meu irmão, fazer de tudo. Quando a gente soube, foi muita doideira. Ele é o meu irmão mais novo, né? Então, imagina, o seu irmão mais novo tá lá numa excursão, você recebe a notícia de que ele teve uma crise e, tipo, tem pessoas estranhas amarrando ele sem entender”, prosseguiu o ator.
Douglas relembrou ainda que não estava perto da família quando tudo aconteceu.
“Ele foi sedado, foi pro hospital e o médico falou: ‘Teve crise de ansiedade’. E eu também não conhecia, não entendia. Até falei com a minha mãe: ‘Qual é, mãe? Ele tá ansioso com o quê?’. Sabe? Tipo, ‘não tá fazendo nada, só estudando’. Só que não é ‘só’ isso”, relatou.
Lina afirmou que as vezes não é preciso muito para que uma crise de ansiedade aconteça, e relatou sua experiência com a irmã.
“Eu nunca fui a fundo pra ver o que causa a epilepsia. Porque, como eu estava longe, a minha mãe só falava que ela tinha convulsionado e falava que médico nenhum sabia dizer o que era a questão da minha irmã”, contou.
Na sequência, Lina disse que a própria mãe levava a familiar para receber bençãos de um padre.
“Ela tinha convulsão, era medicada e depois tinha outra convulsão. Só que eu não sabia que era epilepsia. Ela só falava dessas crises e que ia tentar levar minha irmã pra benzer, porque achava que era alguma coisa espiritual”, lamentou.
D.G relembrou um episódio parecido com a situação do irmão.
“A minha avó falou [para o meu irmão]: ‘Você tá com alguma coisa no corpo’. Te juro. Aí, ele foi passar uma época com a minha avó, e ela: ‘Você não precisa desse remédio, você precisa de oração’. E escondeu o remédio dele. Deixou ele uma semana sem remédio”, disse.
“O moleque teve uma crise que agarrou ela e ficou agarrado, não conseguia soltar. E ele tremia. E aí o meu tio, um imbecil, pra tirar ele da minha avó, meteu a porrada. Um maluco gigante batendo num cara tipo o Vyni. Fiquei possesso”, concluiu.