A Páscoa, que acontece no próximo domingo (17), é uma das datas mais comemoradas entre as famílias. E, embora seja uma celebração cristã, a distribuição de presentes, especialmente para as crianças, também marca este dia e há quem fique preocupado com a enorme quantidade de doces consumidos pelos pequenos. Afinal, ovos de chocolate e bolos chegam pelas mãos dos pais, avós, tios, amigos, entre outros.
Na casa de Cecilia Padilha, mãe de Isabel, de 9 anos, ela conta que, normalmente, a filha só pode comer doces nos finais de semana, embora abra exceções quando a menina tem alguma festinha ou evento. Por trabalhar como influenciadora digital de gastronomia, porém, nesse período acaba recebendo muitos ovos de Páscoa e Isabel fica com uma parte.
“Os que têm temática infantil, que normalmente chegam com brinquedos dentro, ficam com ela. Felizmente, Bebel não liga muito para chocolate e acaba deixando de lado as cascas dos ovos”, conta a mãe, que esse ano, além dos recebidos, dará para a filha uma casinha feita com biscoitos para montar e decorar. “Como ela adora artesanato, faz todo sentido esse presente”, comenta.
Já na casa de Isabel Lemos, mãe de Rafael e Guilherme, de 6 e 8 anos, a Páscoa desse ano, assim como nos anteriores, será com muito chocolate por todos os lados e sem restrições. “Meus meninos são saudáveis, ativos, e não acredito que alguns poucos dias com doces liberados possam afetar a saúde deles. Mas há um limite. Eu e meu marido damos os ovos que pedem, um pra cada, e os avós também”, conta.
Os meninos podem optar por comer tudo no final de semana ou congelar uma parte e comer às vezes, quando a vontade bater. “Mas tudo que ganham além disso segue para doação. Eles entendem que liberamos essa quantidade de chocolates por conta da data, mas, em contrapartida, precisam dar para outras crianças o excedente. Acho que equilíbrio é tudo. Inclusive, esse processo que fazemos na Páscoa também é adotado em outras datas, como Natal e aniversários”, explica.
PRÓS E CONTRAS
Mas, afinal, consumir chocolate é ou não é indicado para crianças? De um lado, há quem defenda que o consumo na Páscoa e outras data comemorativas não deve ter restrição. De outro, especialistas da área de saúde alertam sobre os perigos do consumo exagerado do açúcar, que tem como reflexo cada vez mais crianças com sobrepeso e flertando com o diabetes. Há, ainda, quem fale sobre como o consumo controlado do cacau pode ser bom para todas as idades, como o alimento melhora a atenção e a memória, auxilia na regulação da pressão arterial, entre outros benefícios.
Segundo Daniela Anderson, médica especialista em Pediatria, Neonatologia e Medicina Intensiva Pediátrica pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), realmente o chocolate faz bem para a saúde, pois, além de evitar doenças cardiovasculares, ajuda a controlar o colesterol, faz bem para o cérebro e ainda melhora o humor. No entanto, vale ressaltar que esses resultados positivos só são encontrados em chocolates com alta concentração de cacau, de preferência acima dos 70% – o famoso chocolate amargo. “Os chocolates têm uma enorme quantidade de açúcar e gordura, especialmente ao leite, e podem comprometer a saúde da criança e seus hábitos alimentares no futuro. Além disso, os pequenos podem desenvolver alergia a algum de seus ingredientes, o que é muito comum nesta faixa etária”, explica.
Ela diz, ainda, que antes dos primeiros mil dias, as crianças não devem consumir nenhum tipo de chocolate – para a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o consumo de doces em geral só deve iniciar a partir dos 2 anos. Ainda assim, respeitando o limite de 25g por dia, cerca de duas colheres de sopa. Já para os maiores, se tiverem uma rotina de alimentação saudável, é permitido o consumo moderado do chocolate. “O ideal é que as crianças consumam doces apenas quando forem a festinhas. Mas, mesmo nesses momentos, aconselho que os pais ou responsáveis controlem esse consumo para que não exagerem na ingestão e não atrapalhe as refeições”, orienta. É preciso dizer, ainda, que o consumo exagerado de doces pode causar diarreia, náusea, má digestão e alergia alimentar nos pequenos.
O também pediatra Tulio Konstantyner, que é professor da UFSP e Coordenador Científico da Força-Tarefa Nutrição da Criança do ILSI Brasil, lembra, ainda, que o consumo em excesso de gorduras saturadas e açúcar desencadeia resposta orgânica imediata com desequilíbrio no metabolismo glicídico e lipídico. “A curto prazo, e por inabilidade do organismo em lidar com esta sobrecarga, podem ocorrer alterações intestinais e diarreia osmótica. A médio prazo, a depender da permanência dos erros alimentares, há maior risco de sobrepeso/obesidade; e a longo prazo de doenças cardiovasculares, dislipidemia e diabetes tipo II”, explica.
Ele pontua, ainda, outro dado importante: o aumento dos números de casos de diabetes tipo 2 entre crianças e adolescentes. “Infelizmente, a ocorrência desta doença tem aumentado neste grupo, principalmente pelas maiores taxas de obesidade encontradas nas últimas décadas. O excesso de peso cada vez mais comum na faixa etária pediátrica está diretamente associado ao excesso de calorias ingeridas na dieta, principalmente vindas de alimentos de baixo valor nutricional, como são os doces (ricos em açúcares). O diabetes tipo II acarreta alterações cardiovasculares e neurológicas, com maiores riscos de infarto agudo do miocárdio, acidentes cardiovasculares, retinopatias, insuficiência renal e doenças hepáticas e neurológicas”, complementa.
E Daniela faz mais um alerta: além do diabetes tipo 2 e obesidade, os pequenos ainda podem desenvolver problemas de colesterol, pressão alta e transtornos psicológicos, como ansiedade, depressão e hiperatividade. “Até baixo rendimento escolar pode ser resultado de alto consumo de doces na infância, pois esse consumo excessivo de açúcar causa euforia seguida de sonolência. Dessa forma, a sonolência afeta a concentração e, consequentemente, o desempenho escolar”, pontua.
BOCA MERECE ATENÇÃO
O consumo exagerado de doces, como acontece nessa época com os chocolates, além de ocasionar aumento de peso e doenças associadas, ainda pode interferir na saúde bucal. Para a cirurgiã dentista Nayara Freitas, especialista em ortodontia e ortopedia facial, o chocolate é, sim, um alimento que merece uma atenção especial em relação aos cuidados. Por ter alta concentração de açúcar, quando em contato com dentes e saliva, faz com que aumente a formação de placa bacteriana.
“Com o tempo, a substância (açúcar do chocolate) fermenta, tornando o meio bucal mais ácido, o que, consequentemente, vai ajudar a corroer o esmalte do dente, formando a tão temida cárie”, explica. Ela esclarece, ainda, que os dentes de leite sofrem mais riscos de cáries do que os definitivos com o consumo de doces como o chocolate. “O esmalte (camada mais superficial do dente) é mais suscetível à cárie e, por esse motivo, o avanço é mais rápido nos dentes de leite do que nos dentes permanentes. Claro que isso ocorre com mais facilidade em crianças que não tem bons hábitos de higiene bucal e uma dieta rica em açúcares”, diz.
Mas os cuidados com a boca não devem começar apenas após o consumo do chocolate. Solange Vergani, periodontista e responsável técnica da Redeorto, explica que o cuidado deve começar antes. “Evite o chocolate ao leite e os que têm recheios muito pegajosos. Após o consumo, é preciso enxaguar a boca com água para limpar os resquícios e produzir saliva, que irá neutralizar o pH da boca e evitar a proliferação de bactérias. É muito importante também escovar sempre os dentes após todas as refeições”, pontua.
Ela lembra, ainda, que se o dente dói após comer chocolate, é preciso que os responsáveis procurem um dentista, pois pode haver um problema mais grave. Além disso, ela dá uma dica importante: dar água para a criança beber após o consumo de chocolate. “Isso vai ajudar a remover o excesso de açúcar que pode permanecer nos dentes. Não esqueça também de escovar sempre após todas as refeições e ajudar a criança a fazer o uso do fio dental”.
A também dentista Karin Stamer lembra que o chocolate pode causar uma pigmentação que os dentistas chamam de extrínseca, que ocorre devido à deposição dos pigmentos do alimento na superfície dos dentes, por meio de uma interação química. “Além disso, não podemos esquecer da grande quantidade de açúcar que é adicionada ao chocolate, principalmente naqueles conhecidos como “ao leite”. O açúcar interfere no pH da boca, provocando descalcificações nos dentes. Ele serve de alimento para as bactérias presentes na boca, que por sua vez liberam ácido e causam a perda de minerais do esmalte dental”. A especialista pontua, porém, que embora doces devam ser evitados, o chocolate não pode ser visto só como vilão. “Ele apresenta níveis elevados de cálcio, que promove um efeito de remineralização do esmalte dental. Portanto, o potencial erosivo sobre o esmalte passa a ser menor”, complementa.
E um alerta: a cárie é uma doença infectocontagiosa de causa multifatorial e as principais causas estão relacionadas aos hábitos alimentares e de higiene bucal. “As crianças costumam gostar mais dos alimentos que causam cáries, além de não conseguirem realizar uma higiene bucal adequada se não tiverem auxílio de algum adulto. Por isso, inclusive, é mais comum ouvirmos que elas têm mais cáries que os adultos. Porém, se compararmos um adulto e uma criança com o mesmo tipo de dieta e higiene, os riscos de cárie serão muito parecidos”, determina Karin.
A seguir, Nayara Freitas dá algumas dicas para os pais e responsáveis incluírem na rotina de cuidados com a higiene bucal dos pequenos.
- Prefira chocolates que não tenham recheios pegajosos (recheado de caramelo, por exemplo), pois ele pode grudar nos dentes e dificultar a higiene, causando cáries, e chocolate meio amargo, que apresenta uma baixa concentração de açúcar;
- Escolha um horário para as crianças consumirem seus doces. Assim, será mais fácil controlar as escovações e garantir que não vão deixar o açúcar agindo por muito tempo na boca;
- A placa bacteriana começa a agir em 15 minutos. Então, uma boa dica é não esperar mais que esse tempo para fazer a escovação dos dentes da criança toda vez que ela comer doces e chocolates;
- Não esqueça que aliado a uma boa escovação, existe o uso do fio dental, que é indispensável na rotina de cuidados. Ele alcança lugares que a escova não consegue chegar e previne aquelas cáries entre os dentes;
- O principal cuidado é a escovação e isso já sabemos. Mas vale lembrar que se a criança for menor de 6 anos, essa escovação deve ser feita por um adulto;
- Se achar que a criança exagerou nos doces, agende uma visita ao dentista e peça para ele avaliar se os exageros não tiveram nenhum impacto na sua saúde bucal da criança.
POTENCIAL NUTRICIONAL
Você provavelmente já se deparou com vídeos fofinhos na Internet de bebês provando chocolate pela primeira vez. De fato, é muito engraçadinho perceber o prazer que sentem ao experimentar o doce. Mas, como já foi dito, comer chocolate não é indicado para menores de 2 anos. A nutricionista Adriana Stavro explica que a Associação Americana de Pediatria sugere que o chocolate não deve ser oferecido às crianças antes desta idade, pois, além de ser uma fonte de açúcar refinado, também contém pequenas quantidades de cafeína e outros estimulantes.
“A cafeína é um estimulante que afeta o sistema nervoso central, e isso pode fazer com que as crianças se sintam bastante inquietas, agitadas e ainda dificultar o sono. A cafeína também aumenta a frequência cardíaca, levando a um aumento da pressão arterial”, esclarece. A também nutricionista Rita Novais lembra, ainda, que o chocolate é um alimento alergênico, podendo ocasionar alergias nas crianças, por conter vários componentes alergênicos, como leite, cacau e lecitina de soja.
“Se o corpo for alérgico ao cacau ou outro ingrediente, o sistema imunológico responderá quando entrar no corpo. As pessoas alérgicas podem apresentar alguns sintomas imediatos ou algumas horas depois de ingerir, como problemas respiratórios, língua, lábios ou garganta inchados, tosse com chiado, náusea ou vômito, dores de estômago, urticária, secreções de muco no nariz ou nos pulmões, cólicas abdominais, fezes soltas ou diarreia, que pode conter até sangue ou muco. Casos de extrema alergia ao leite podem levar a pessoa a um choque anafilático, que pode causar inchaço na garganta e na boca e até parada cardiorrespiratória. Esses casos precisam de atendimento médico imediato”, esclarece.
Já para os maiores de 2 anos, é preciso controle também. A nutróloga Valéria Goulart explica que o chocolate nunca deve ser liberado sem limite. “Na verdade, o ideal seria nem oferecê-lo. Porém, se o fizer, que seja apenas o chocolate puro cacau ou doces a base de cacau 80%, minimamente adoçados”, sugere. Ela levanta, ainda, outro dado importante: quando a criança se acostuma ao paladar do chocolate amargo, no futuro, quando adolescente e adulto, será muito mais fácil manter uma dieta mais saudável, inclusive porque o chocolate 80% faz bem à saúde, já que é rico em flavonoides, que é um poderoso antioxidante.
“No cérebro, por exemplo, ele vai atuar favorecendo a concentração, prevenindo doenças degenerativas e até mesmo o Alzheimer. Agora, se a criança já tem este paladar voltado para o doce, a mamãe precisa regrar o consumo, não oferecer todo dia, e, quando oferecer, não ultrapassar o limite de ingestão diário de 25g, ou seja, o equivalente a dois quadradinhos de uma barra de 300g, ou duas colheres de sopa de chocolate em pó, por exemplo”, complementa. A também nutróloga Marianna Magri diz, ainda, que deve-se ofertar chocolates para essa faixa etária apenas em datas comemorativas, ou exceções, pois não devemos estimular ou incentivar o consumo de açúcar diariamente. “As crianças precisam aprender desde sempre quais alimentos devem ser consumidos no dia a dia para que sejam saudáveis e quais aqueles que são reservados apenas para serem consumidos em pequenas quantidades, como o chocolate”, orienta.
Mas, afinal, há benefícios em incluir o chocolate na dieta das crianças? E de que forma deve ser feito? Valéria Goulart diz que, sim, o chocolate faz bem à saúde, mas é preciso ficar atento se é o puro cacau 70 a 80%. Quanto mais puro ele for, melhor, pois terá menos gordura e açúcar em sua composição. “O 100% seria o ideal, mas a gente sabe que ele é muito difícil de comer. Então, tente introduzir a partir do 50% e vai aumentando até o mais concentrado se tornar uma rotina quando o assunto for consumo de chocolate”, diz.
Quanto menos gordura, mais saudável é para a saúde, inclusive do coração, pois ele reduz a pressão arterial, controla o colesterol, pode inclusive aumentar os níveis de HDL (o colesterol bom) e diminuir os de LDL (o colesterol ruim). “Os flavonoides presentes também são um importantíssimo antioxidante e antiinflamatório que vai atuar diretamente nas células, aumentando a imunidade e impedindo o envelhecimento. No cérebro, atua nas células, favorecendo os neurotransmissores que atuam na concentração. Além disso, o chocolate pode melhorar o humor”, explica.
Mas mesmo existindo um melhor tipo de chocolate, é preciso atenção: os pais devem ficar atentos a qualquer alergia que a criança possa ter aos componentes do chocolate, como o leite. Outro risco é a ingestão exagerada de gordura presente, que pode causar diarreia, vômitos, dor de barriga devido aos gases, e, em casos mais graves, até a desidratação. “Muitos pais relatam que as crianças ficam eufóricas quando consomem doces. E isso é verdade, pois o açúcar e o chocolate são estimulantes. Eles podem até mesmo atrapalhar o sono da criança”, diz. Portanto, além do cuidado com o tipo de chocolate, é preciso evitar também oferecer o alimento no período noturno.
COMO OFERECER NA PÁSCOA?
Então, como fazer esse equilíbrio no próximo domingo, quando nossos filhos acabam tendo mais acesso ao chocolate? Bem, o equilíbrio, como sempre, é a base de tudo. “Faça uma brincadeira pela casa de caça aos ovos, sendo que o prêmio da família seja um único presente. Vale também quebrar o ovo em pequenos pedaços e oferecer aos poucos para criança.
A euforia do dia, abrir todos os ovos de uma só vez não é legal. A criança vendo tudo à sua disposição vai querer consumir de uma vez. Portanto, a mamãe deve guardar e oferecer a quantidade ideal de ingestão diária aos poucos. Na sobremesa, no lanche da tarde etc, e ensinar ao filho que não precisa comer o ovo inteiro de uma vez. Tudo deve ser feito com base na negociação e diálogo”, sugere Valéria. Para Marianna Magri, outra opção é a barrinha à base de alfarroba, especialmente se a criança tiver alergia a algum componente normalmente presente nos chocolates, como leite, cafeína e o próprio cacau.
Já Adriana Stravo comenta que é melhor comprar uma pequena quantidade de chocolate de boa qualidade, em vez de muito chocolate de má qualidade. “Quanto mais escuro o chocolate, mais antioxidantes. Então, o chocolate acima de 60% de cacau é uma boa opção. Mas, mesmo assim, tenha controle com as porções e coma com moderação. Além disso, é importante lembrar que comer ovos de Páscoa com o estômago vazio aumentará os níveis de açúcar no sangue e colocará a criança em uma montanha-russa de fome e nível de energia. Portanto, certifique-se de que seu filho vai desfrutar do doce apenas depois de uma refeição à base de proteínas ou rica em fibras. Quando combinado com gorduras, fibras ou proteínas, o impacto glicêmico de alimentos ricos em carboidratos/açúcar refinado é significativamente reduzido”, complementa.
Em tempo: O chocolate também pode mudar o destino de muitas famílias por meio do empreendedorismo social. A startup Brigadeiro com vc (BCV) surgiu quando Natália Cardoso, mãe de Pietro (hoje 4 anos), decidiu ficar próxima de seu bebê após descobrir estar grávida. Ela largou a vida de trabalho em bancos para, junto de Vinicius Amorim, seu sócio, iniciar o projeto. Tudo começou com uma compra de R$ 200 em materiais, mas, hoje, um pouco mais de 5 anos depois, a rede já movimentou quase R$ 700 mil e têm quase 60 unidades abertas em 12 estados do Brasil, nas cinco regiões do país. Além disso, conta com algumas empreendedoras (92% dos empreendedores que fazem parte da startup são mulheres e 40% dessas são mães) que decidiram largar o trabalho tradicional para passar mais tempo em casa e com os filhos – de acordo com uma pesquisa do Sebrae Minas, a maternidade foi fator relevante para sete em cada 10 mães que decidiram empreender.
“A BCV fez uma grande diferença na minha família. Estava há 2 anos fora do mercado de trabalho, e ainda não havia surgido uma oportunidade adequada a nossa realidade, para voltar. Tinha o desejo de contribuir financeiramente na renda da família, mas estar próxima ao crescimento das nossas filhas. Estou há 8 meses com a loja em Carapicuiba, e tem feito uma grande diferença para nós. Nosso orçamento cresceu e estou perto das crianças, como desejava”, comenta Maiara Rodrigues, que é uma das empreendedoras do projeto, e mãe de Maria Teresa, de 3 anos, e Maria Helena, de 2.
E na BCV a preocupação com a saúde também norteia a criação dos produtos, como no sorvete artesanal vegano de coco e o bolo no pote de prestígio, feito com farinha de arroz, criados para pessoas que buscam sobremesas mais saudáveis – em breve, a startup vai lançar também um novo sabor de brigadeiro gourmet vegano, com abacaxi. Já para essa Páscoa, especificamente, a BCV lançou um Brigadeiro Gourmet de Cenoura, que leva cenoura em sua receita, junto com os ingredientes tradicionais do brigadeiro.
*PRISCILA CORREIA é jornalista, especializada no segmento materno-infantil. Entusiasta do empreendedorismo materno e da parentalidade positiva, é criadora do Aventuras Maternas, com conteúdo sobre educação infantil, responsabilidade social, saúde na infância, entre outros temas. Instagram:@aventurasmaternas