Durante o programa ‘Encontro’, com Fátima Bernardes, nesta quinta-feira (16), Taís Araújo se manifestou sobre o assassinato do indigenista Bruno Araújo e do jornalista Dom Phillips. A atriz não conseguiu segurar as lágrimas ao vivo, ao falar sobre o ocorrido.
“Você falou a palavra que é o meu sentimento: quando eu vejo isso eu tenho vergonha desse país. Vergonha! Eu fico muito emocionada”, declarou a intérprete de Clarice em ‘Cara e Coragem’, com os olhos cheios d’água.
Taís Araújo ainda apontou como pessoas como Dom e Bruno são importantes para a sobrevivência ambiental e para colaborar com a investigação de crimes na Amazônia.
“A gente tem que lutar agora por Justiça, para não acontecer mais, a gente tem que ficar de olho, tem que cobrar. Esse não é o nosso país, não pode ser o nosso país, ser conhecido por esse tipo de coisa, violência. Esse não é o país que eu quero para os meus filhos, sabe? Nem para os filhos de ninguém”, finalizou a artista.
BUSCA POR JUSTIÇA
Alessandra Sampaio, esposa de Dom Phillips, divulgou uma carta na noite da última quarta-feira (15), após os restos mortais de seu marido e do ativista Bruno Pereira terem sido encontrados pela Polícia Federal, em uma região deserta, a mais de 3 km de distância de matas de casa do principal suspeito do crime. Os dois estavam desaparecidos desde o dia 5 de junho.
De acordo com o UOL, ela ainda aguarda notícias mais concretas, mas avalia que “este desfecho trágico põe um fim à angústia de não saber o paradeiro” dos dois. Além disso, ainda mandou uma mensagem de solidariedade a Beatriz Matos, esposa do indigenista, e a toda família dele. “Agora podemos levá-los para casa e nos despedir com amor”, escreveu.
Para Alessandra, também se inicia uma jornada por justiça. “Espero que as investigações esgotem todas as possibilidades e tragam respostas definitivas, com todos os desdobramentos pertinentes, o mais rapidamente possível”, escreveu.
No final, a esposa do jornalista ainda agradeceu a todas pessoas que participaram das buscas, com maior ênfase aos indígenas da região e membros da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari). Alessandra também fez menção a quem, “mundo afora”, cobrou respostas rápidas.