O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, defendeu a juíza Joana Ribeiro Zimmer, que impediu uma criança de 11 anos, grávida de um estupro, de realizar o aborto legal, além de uma série de outras violações, na última quarta-feira (22).
A declaração se deu em uma publicação nas redes sociais do deputado, que compartilhou um vídeo da influenciadora anti-feminista Eduarda Campopiano, que é contra o aborto mesmo em casos de estupro de menores.
“A juíza de Santa Catarina está certa. E vale lembrar quem primeiro impediu o aborto foi a equipe médica. Respeitem a ciência”, afirmou o deputado debochando, ao fim, das críticas contra ele, que passou a pandemia atacando as decisões da Organização Mundial da Saúde (OMS), e o emprego delas no Brasil.
Por fim, Eduardo, que é veementemente à favor da pena de morte, apontou uma “solução mais civilizada”, desconsiderando a demonstração de incivilidade jurídica da magistrada, em suas tentativas de impedir e dissuadir uma criança estuprada a interromper a gravidez: “Além disso pode ser entregue para adoção, algo muito mais civilizado do que condená-lo a pena de morte sem ter culpa de bebê”.
SUCESSORA DA DAMARES SE MANIFESTA
Outra política que se manifestou recentemente sobre o caso foi Cristiane Britto, que está à frente do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
“O comentário que faço deste caso é que está tudo errado na forma de abordagem”, disse a ministra ao se referir à divulgação dos fatos, pela imprensa, como “criminosa”. “Ninguém está falando da violência pela qual esta garota passou. Do estupro. Ninguém está falando que, agora, precisamos parar e pensar onde nós erramos. Por que crianças com esta mesma idade estão sendo vítimas de estupro no Brasil todo”, acrescentou a Cristiane ao participar de um evento em Belém (PA).
Confira a declaração de Britto na íntegra.