A bilionária brasileira Lily Safra, viúva do banqueiro Edmond Safra, morreu aos 87 anos na Suíça, neste sábado (09).
A causa da morte ainda não foi informada e, segundo informações da Fundação Edmond J. Safra, o sepultamento acontecerá em Genebra na próxima segunda-feira (11), às 10 horas.
Lily foi a responsável por prosseguir com os projetos de seu falecido marido, que praticava filantropia ajudando organizações de caridade ao redor do mundo.
“Por mais de vinte anos, a Lily Safra sustentou fielmente o legado filantrópico de seu amado marido Edmond, prestando apoio a centenas de organizações em todo o mundo”, informou a fundação em comunicado oficial.
UMA VIDA DE FILME
Lily Safra nasceu em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, como Lily Watkins no ano de 1934 em uma família simples. Ficou conhecida como uma das mulheres mais ricas do mundo, dona de uma fortuna avaliada em US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 6,5 bilhões), segundo a lista anual da revista Forbes.
Ela era filha de um engenheiro ferroviário checoslovaco e de uma uruguaia, o que lhe permitiu acesso a uma boa educação e ao aprendizado de línguas além do português.
Em 1976, Lily se casou com o dono do banco Safra, o libanês Edmond Safra, com quem viveu e criou uma família por 23 anos. Após um incêndio criminoso que atingiu seu apartamento em Mônaco tirar a vida do banqueiro, Lily ficou viúva pela segunda vez.
No momento do crime, Lily também estava no local e o enfermeiro do falecido foi preso como causador do fogo.
Antes de Edmond, a bilionária foi casada com Alfredo Monteverde, fundador da rede de varejo Ponto Frio. Ao final da década de 1960 o empresário foi encontrado após se suicidar em casa com dois tiros, deixando todo o patrimônio e os negócios da empresa para Lily.