Um dos temas abordados no ‘Altas Horas’ do último sábado (9) foi a representatividade na televisão brasileira. Os convidados Thiago Oliveira, Fernando Fernandes e Sabrina Sato relataram os desafios que enfrentaram para chegar à posições de destaque mesmo estando fora dos padrões sociais, como negro, cadeirante e asiática.
O assunto veio à tona quando Serginho Groisman falou sobre o tratamento oferecido à cadeirantes com Fernando. “Eu acho que a questão de posicionamento vai além do que a gente imagina hoje em dia. A gente fala muito de posicionamento em rede social. Posicionamento tem que estar na atitude”, explicou o ex-BBB.
Ele continuou: “Como cadeirante, eu fui aprendendo que essa tal da inclusão é você estar no meio de todos, não só do que a gente acha que nos representa, que é dito como minoria”.
Talitha Morete, que também estava presente na atração, aproveitou a oportunidade para fazer elogios a Fernandes em ‘No Limite’. “O que o Fernando tá falando é muito importante também, ainda mais hoje em dia no mundo que a gente tá vivendo. É a importância de a gente apoiar e abraçar as diferenças. Em todas as áreas, a importância de ter de fato um ambiente inclusivo”, disse.
Foi então que Thiago Oliveira chamou a atenção para a diversidade de convidados no palco do programa. “Olha os seus convidados. Tem um preto [Thiago], uma oriental [Sabrina], uma branca [Talitha], um cadeirante [Fernando]. E eu acho que é a nossa missão como comunicador todos os dias aqui na tela da Globo”, destacou ele.
O ex-Esporte Espetacular falou sobre o avanço da representatividade nos últimos anos. “Hoje nós temos pretos de domingo a domingo. Quando a gente fala disso, eu pelo menos da minha causa como preto, eu tenho que sempre colocar exatamente o que nós somos”.
“Eu vivi, tenho 20 anos de carreira, sempre em ambientes de brancos. E eu tinha que me destacar duas, três vezes mais. Hoje eu olho e falo: ‘caramba, tem o Manoel [Soares], a Rita Batista, o Thiago Simpatia”, continuou Oliveira.
Por sua vez, Sabrina falou sobre a ausência de descendentes asiáticos na mídia brasileira. “Desde criança… Tem até um vídeo meu criança falando que queria ser apresentadora. Mas para mim era muito distante até pela minha aparência física. Não era algo que alguém me dava força, porque falavam ‘japonesa não tem [na TV], não vai ter’. E eu era caipira do interior. Para mim era muito distante mesmo”, relembrou.