Dinho Ouro Preto revelou que se arrepende de ter dado apoio a Sergio Moro e a Operação Lava Jato. O vocalista da banda Capital Inicial já chegou a fazer uma homenagem para o ex-juiz, que estava na plateia em um de seus shows, em 2016, quando cantou “Que País É Este”.
“Mordi minha língua. Eu via a Lava Jato como uma operação independente, que alcançaria todos os políticos, mas virou perseguição ao PT. Mais tarde, o cara ainda virou ministro da Justiça justamente da pessoa beneficiada pela Lava Jato. Não houve isenção, e eu me oponho à falta de isenção”, contou o artista em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
Vale ressaltar que Dinho Ouro Preto já fez manifestações políticas em seus shows, sendo contrário a Aécio Neves, Michel Temer e Dilma Roussef em um festival musical. No entanto, atualmente, seu posicionamento é de “Fora Bolsonaro”.
“As músicas do Capital Inicial não são partidárias, mas eu tomo mais partido do ‘fora, Bolsonaro’. Olho para a Esplanada dos Ministérios e discordo de tudo que tem sido feito. Inflação, recessão, desemprego, fome. Qual é legado positivo desse homem?”, disse durante a entrevista.
O cantor, que se diz de centro-esquerda, defende que haja uma alternância de poder. “Meu problema são os caras que querem dinamitar as instituições e acabar com a democracia”, declarou. Em 2018, Dinho votou em Fernando Haddad, apesar de ter suas ressalvas em relação ao PT.
Sobre as eleições deste ano, o artista revelou que ainda só tem um voto em mente. “Liguei para a Marina [Silva] na semana passada. Ela é um símbolo de ponderação, cautela e diálogo. Eu inclusive me oponho ao jeito que ela foi massacrada pelo PT e pintada como bicho-papão pela campanha da Dilma”, revelou Dinho.