Mais do que aparência, autoestima está relacionada a diversos valores da vida, como: emoções, comportamentos, convivências e autoconhecimento. Os benefícios de cultivar uma boa autoestima vão desde o bem estar físico ao mental, porém nem sempre é fácil aceitarmos a nós mesmos do jeitinho que somos.
Segundo a psicóloga Maria Rafart, algumas mudanças simples podem contribuir com o processo de autoaceitação. A especialista destaca que é preciso lembrar que a origem da palavra ‘autoestima’ vem de auto estimar-se, ou seja, reconhecer qual é o seu valor em vários setores da vida.
“Você é quem determina o próprio valor. Para isso, é necessário ver além do que os outros veem, além de uma imagem refletida no espelho. A forma como você pensa, seus comportamentos e atitudes não depende de avaliação externa. É claro que outras pessoas podem avaliar você e inclusive rebaixar você com seus comentários, mas aquilo que você pensa de si próprio deve prevalecer”, afirma Rafart.
Alguns exemplos de baixa autoestima são: sujeitar-se a trabalhos em ambientes desfavoráveis, ficar anos em relações abusivas e permitir que os outros te tratem mal. “Quando você acha que os outros é que determinam o teu valor, aquilo que você pensa sobre si mesmo tende a ser bem menor do que o que realmente vale. E sua autoestima fica rebaixada”, acrescenta.
Foi pensando nisso que a psicóloga listou duas dicas capazes de incentivar sua capacidade de avaliar o seu próprio valor. Confira!
1. Valores internos e comportamentos
Se você é uma pessoa que busca levar a vida dentro de valores como honestidade, perseverança e compreensão pelo outro, tem uma imagem de si mesmo muito melhor. Quem sabe se colocar no lugar do outro vive melhor, porque respeita quem está ao seu redor. Ao mesmo tempo, é capaz de ajudar os outros a se tornarem pessoas melhores.
Estes são fatores que agregam a sua autoestima, ou seja, aquilo que você pensa de si mesmo. Não importa o quanto alguém abusivo repetiu que você vale pouco: é a sua avaliação que prevalece. Pense na desonestidade, preguiça e desistências repetidas ao redor e como você está na frente.
Se você não tem estes itens muito bem desenvolvidos, procure progredir nisso. Você consegue. E quanto mais você faz coisas por si mesmo, mais você tenta melhorar, mais a sua autoestima fica em ordem.
2. Aparência
Todas as épocas e lugares possuem os seus padrões particulares de beleza e de boa aparência. Modas e tendências serviam antigamente para pautar obras artísticas, como quadros e esculturas. Hoje servem, basicamente, para vender mais produtos.
Pessoas insatisfeitas consomem muito mais, porque sempre estão em busca de algo que não possuem. A pressão para que você seja mais isto, mais aquilo, vem de fora. E você compra a ideia.
Os verdadeiros valores, aqueles comportamentais, estão dentro de nós. Assim sendo, nosso corpo é simplesmente um embrulho de uma série de coisas que estão dentro de nós. Pessoas que se gostam, sabem o valor que possuem e conhecem suas atitudes, pensamentos e comportamentos. Entendem a si mesmas como pessoas valorosas.
Se você compreender seu corpo como um “embrulho” de valores, cuidará mais dele. Alimenta-se de forma adequada, tem higiene pessoal, trata o próprio corpo com respeito, cuida da postura… Quando você valoriza o corpo como um templo, ele sempre vai combinar com você. E não com a ditadura da moda e da beleza imposta como padrão.