Thiago Salvático, suposto ex-namorado de Gugu Liberato, está se sentindo injustiçado. O chef de cozinha recorreu à justiça para que o seu relacionamento de oito anos com o apresentador fosse reconhecido como união estável pela lei.
Sendo negado pela lei, Thiago concedeu entrevista ao Splash, do Uol, para tentar provar seu ponto ao público. O moreno de 44 anos afirmou que existem provas que validam seu relacionamento como legítimo, e vencer o processo virou “uma questão de honra”.
Segundo o chef, ele tem uma grande quantidade de provas que utilizou como evidência. “Gugu e eu tivemos um relacionamento de oito anos. É um grande volume de provas. No processo foram juntados anos de histórico das conversas diárias por WhatsApp mostrando parte do que compartilhamos sobre as questões pessoais”.
Mesmo que tenha-os em mãos, ele afirma que não pode mostrar as imagens pelo segredo judicial. “Eu nunca quis que as questões do processo vazassem. Toda vez que eu falo na mídia é só para me defender”.
Embora tenham vivido quase uma década juntos, Thiago só expôs o relacionamento após a morte de Gugu, em novembro de 2019. “O se assumir homossexual para o grande público traria muitos impactos na vida de uma pessoa como o Gugu, que apresentava programas para a família tradicional, tinha linha voltada ao público infantil, e chegou a ser da Record, emissora religiosa”.
Sobre a decisão judicial, que classificou o casal como “relação clandestina”, Salvático comenta: “O juiz encerrou o processo sem mesmo a tramitação. Eu protocolei o pedido e ele já extinguiu de cara. Sem nem ouvir a família, os depoimentos, as testemunhas, nada. A família sequer foi citada no processo”.
Encerrando a conversa, o chef confessa que seguirá com o processo por sua honra: “O reconhecimento da união estável é uma questão de respeito e de honra. Eu jamais desejei essa repercussão toda sobre o meu relacionamento com o Gugu”.
Anteriormente, Salvático afirmou à Jovem Pan que o juiz teria tratado o caso de maneira diferente por ser um casal homoafetivo. “Tenho certeza que o processo não teria sido extinto como foi, de cara, por um só juiz, sem sequer ouvir os envolvidos e testemunhas, se fosse um caso heterossexual. Então acredito que tenha havido homofobia, o que não poderia ser admissível em um tribunal nos dias de hoje. A decisão foi tão absurda que confio que logo o tribunal reverterá e poderemos ouvir todos do círculo do Gugu que sabiam do relacionamento.
RELEMBRE A DECISÃO JUDICIAL
No dia 15 de dezembro de 2022, um juiz no Tribunal de Justiça de São Paulo classificou o relacionamento de Gugu e Thiago como “clandestina”, afirmando que poderia ser considerada como apenas uma “amizade”. Os documentos foram publicados pelo colunista Gabriel Perline.
“Apenas com o narrado na inicial é possível concluir que o autor e o falecido tenham sido amigos, tenham mantido algum tipo de relacionamento amoroso, tenham até mesmo namorado, mas é impossível dizer, tanto que o próprio autor não diz, que fossem considerados um casal, que tivessem um relacionamento estável, público e duradouro, como se casados fossem e com o objetivo de constituir família”, diz a sentença.