Para grande parte dos brasileiros, entrar no ‘Big Brother’ é um sonho. No entanto, sair da casa mais vigiada do país logo na primeira semana, com certeza, é um dos maiores receios de quem vai para o BBB. Marília teve esse gostinho nada doce no primeiro paredão da edição de 2023, quando foi eliminada após concorrer com Fred Nicácio. Mas como é ser o 1º eliminado do BBB?
A coluna foi conversar com três ex-Big Brother Brasi que saíram na primeira semana do reality show: Luciano Estevan (BBB22), Gabriela Flor (BBB17) e Mara Telles (BBB18). Para AnaMaria Digital, eles contaram como a eliminação rápida do jogo interferiu em suas vidas!
COMO É SER O PRIMEIRO ELIMINADO DO BBB?
As emoções que envolvem deixar a casa na primeira semana de confinamento variam de participante para participante. Mas uma coisa é certa: ninguém quer ser o primeiro a sair do reality show.
Para Luciano (BBB22), a sensação foi tranquila, já que ele estava sentindo que ia acontecer e pôde ficar feliz com o impacto que causou em apenas uma semana na atração. Por outro lado, Gabriela (BBB17) definiu sua saída como injusta, pois era um paredão duplo e foi super acirrado.
“Não deu tempo das pessoas me conhecerem. Como não estava muito bem de saúde quando entrei no programa, demorei um pouco para me mostrar, o que certamente atrapalhou todos os planos”, ressalta a jovem, afirmando ter protagonizado os debates da primeira semana daquela temporada. “Os casos de racismo que aconteceram dentro da casa, teveuma revolução aqui fora, né? Estava se falando muito nisso.”
Já para Mara (BBB18), sair logo na primeira semana de programa representou uma sensação de alívio, apesar de acreditar que poderia ter ido muito mais longe. “Me senti traída por algumas pessoas lá dentro, com quem tinha boa relação, mas me indicaram. Confesso, porém, que estava me sentindo muito asfixiada com a obrigação de criar relações rápidas com vários participantes antes do paredão”, avalia.
Mesmo com pouco tempo no BBB 18, Mara notou o quanto o programa impacta na vida das pessoas. “Não tinha noção, pois assistia o reality show na época analógica. Então, não esperava ter fãs. Depois que fui percebendo que poderia ter jogado mais. E esse é meu arrependimento [da experiência]: não ter jogado mais”, completa Mara.
O MELHOR X O PIOR DE SER UM EX-BBB
“A coisa mais legal é o fato de, agora, não ser reconhecido apenas pelos meus personagens do teatro, e o pior são as pressões de ter se tornado uma pessoa que saiu da favela para a fama em uma semana”, revela Luciano Estevan.
Gabriela Flor diz que a melhor parte de ser ex-BBB é o fato de ser reconhecida pelas pessoas e a representatividade que trouxe por conta da forma como usa os cabelos: “Recebia e recebo muitas mensagens das pessoas falando: ‘Nossa, você foi minha inspiração com seu cabelo no programa, uma representatividade bacana’, ‘Minha filha vai pra escolinha agora com o cabelo solto dizendo que é a Gabi Flor’”, lembra, com carinho.
Já a parte chata foi relativa às ofensas que acabou ouvindo dentro dono próprio confinamento — vale mencionar que a ex-sister tinha uma rixa com Vivian Amorim, que acabou virando repórter da própria atração em outras temporadas. O programa, segundo ela, também não abriu muitas portas no mercado de trabalho.
Mara, por sua vez, destaca todo o processo para entrar na casa mais vigiada do Brasil como a parte boa de sua participação no reality show. “A coisa mais legal de ser ex-BBB é ter sido BBB. É ter passado por todo processo de entrevista e ter percebido o formato como o programa é feito. Como sou muito analítica, eu ficava analisando cada pessoa que entrava no quarto sobre quais seriam os passos desse experimento. Foi o mais interessante”, revela a cientista política.
Por outro lado, Mara destaca que o pior de ser ex-BBB também é o fato de ser um ex-BBB. “Ou seja, eu sou cientista política, hiper qualificada, estou indo agora para a universidade de Copenhague (Dinamarca), mas quando dou alguma opinião política, dizem que eu só podia ser ex-BBB, como se fosse algo que me desqualificasse”, analisa.