Não restam dúvidas de que Rita Lee, falecida nesta segunda-feira (8), marcou a indústria musical brasileira. Entretanto, a Rainha do Rock não limitou sua arte e também se aventurou no universo dos livros. Um deles foi a obra infantil ‘Dr. Alex e Vovó Ritinha: Uma Aventura no Espaço’, da editora Globinho, em que abordou o tema morte.
No texto, a artista usa a metáfora de uma viagem ao espaço para falar sobre a morte com as crianças. O livro, portanto, foi escrito com recursos lúdicos, coloridos e criativos para não dar a impressão de que o assunto é sinônimo de medo. “Na verdade, temos que entender que tudo o que existe no universo passa por transformações”, disse ela no lançamento da obra.
Tanto que, ‘Dr. Alex e Vovó Ritinha: Uma Aventura no Espaço’ foi escrito no início da pandemia, período em que o público infantil teve que lidar com o morte de maneira mais precoce, diante do alto número de vítimas de covid-19.
As ilustrações da obra são de Guilherme Francino, com quem a cantora tinha uma longa parceria. Além disso, o livro é derivado da série ‘Dr. Alex’, escrita por Rita Lee entre os anos 1980 e 1990.
Rita Lee morreu nesta segunda-feira (8), aos 75 anos, após uma longa batalha contra o câncer. A cantora foi internada às pressas no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP). Ela estava curada do câncer de pulmão diagnosticado em maio de 2021.
OBRAS
Rainha do Rock Brasileiro, Rita Lee também deixou sua marca na literatura. A cantora, compositora e ativista escreveu nove livros – quatro deles entre as décadas de 1980 e 1990, e os outros após se aposentar dos palcos, em 2012.
Entre as obras estão: a coleção de quatro livros infantis de ‘Dr. Alex’, as crônicas de ‘Storynhas’ (2013), os diversos contos de ‘Dropz’ (2017), o livro dedicado à ursa Rowena ‘Amiga Ursa’ (2019), os registros de seus devaneios em ‘favoRita’ (2018), e ‘Rita Lee: uma autobiografia’ (2016).
Inclusive, foi com a autobiografia que a cantora tornou-se uma premiada autora de best-seller. O livro recebeu elogios pela crítica especializada, foi sucesso de vendas e venceu o prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) de 2016.