Reynaldo Gianecchini se abriu sobre o ofício de ator e todo o legado que construiu desde que iniciou sua carreira profissional. Considerado um dos grandes galãs da televisão, disse não aceitar, como antes, o rótulo que o público lhe deu.
Em entrevista ao programa do jornalista Fefito, no Splash UOL, o ator refletiu sobre as novas questões de sua profissão. Atualmente em cartaz na peça ‘A Herança’, em São Paulo (SP), ele interpreta um homossexual, de opiniões políticas conservadoras.
Para os telespectadores mais tradicionais, pode parecer estranho ver Gianecchini fora do estereótipo de galã da televisão, mas ele ressaltou ter abandonado o rótulo. “Não me sinto galã toda hora. Ser galã, para mim, é quase um personagem. Acho que ganhei com ele, que me abre algumas portas – mas, ao mesmo tempo, não me sinto refém”, disse ele.
“Agora, com a maturidade, as pessoas estão começando a me olhar de um outro lugar, o que acho muito legal também. Estou quase me sentindo ‘de época’ já. Tem toda uma geração que nem me conhece!”, comentou Gianecchini sobre os jovens que não o reconhecem na rua.
TEMPOS ESTRESSANTES
Ele ainda relembrou o quanto era estressante no começo da carreira, quando as pessoas reparavam em tudo o que ele fazia, desde o corte de cabelo até a vida pessoal, em comentários cheios de julgamento.
“Tenho certeza de que gosto da profissão de ator, mas o que vem junto, para mim era tão difícil de lidar, que cheguei a questionar: ‘será mesmo que eu quero esse pacote tudo? Será que não quero ficar mais quietinho no meu canto?’”, revelou o artista.
Apesar de todas essas dificuldades que enfrentou e que continua enfrentando, ele afirma nunca ter pensado em desistir da carreira. No entanto, garantiu que chegou a se questionar se valia a pena a exposição que viria com sua profissão.