Zezé Polessa é a intérprete de Cândida em ‘Amor Perfeito‘. A mulher vive uma reviravolta no folhetim ao descobrir que foi traída a vida toda por seu marido, o prefeito Anselmo Evaristo (Paulo Betti). Para viver a personagem, a atriz se inspirou em duas pessoas da vida real: Sarah Kubitschek, que foi primeira-dama de Belo Horizonte na mesma época que a história acontece e Alzira Soriano, a primeira prefeita de uma cidade brasileira.
Alzira Soriano foi prefeita de Lajes, no Rio Grande do Norte. Ela representa onde a personagem de Zezé Polessa deseja chegar após decidir assumir o protagonisto de sua vida. Sarah também foi importante para a construção do papel em ‘Amor Perfeito’.
Embora sua atitude não seja tão transgressora como de Alzira, ela tem sua relevância pela sua história e por ter sido a primeira-dama de Belo Horizonte no mesmo período que a trama se passa. Em 1956, quando Juscelino Kubitschek se tornou presidente, ela virou conquistou o cargo no país inteiro.
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“A Sarah não fez a virada, mas ela era filha de políticos”, explicou Zezé, no evento de apresentação do folhetim à imprensa. “Juscelino era médico, e acabou que ele foi entrando na vida política… Mas ela foi uma primeira-dama muito ativa, naquela coisa da época, né?”.
“E depois ela entrou na coisa da fisioterapia e fez esse grande centro com o nome dela”, concluiu, em referência ao Centro Internacional de Neurorreabilitação e Neurociências Sarah, em Brasília. Ela também citou que Sarah adotou uma criança já crescida, Maria Estela, um dos casos de adoção mais marcantes do país e que era algo incomum no período.
Márcia, sua outra filha, foi quem influenciou a mãe a se dedicar aos tratamentos neurológicos. Ela teve um problema na coluna vertebral e precisou de tratamento. Após um longo processo, conseguiu a cura. Essas situações serão vistas na trajetória de Cândida, que vai demorar a tomar consciência de sua posição e não vai conseguir mudar rapidamente.
Zezé ainda disse que está mais apaixonada pelas novelas do que pelo teatro, isso por causa da mobilização que esse tipo de produto recebe. É possível observar quando ela foi encenar uma peça em Portugal, nos cartazes divulgados no teatro, não era seu nome que aparecia; mas, sim, “Marinelza, de Salsa e Merengue [novela de 1996 em que participou]”.