Flora Cruz, filha de Arlindo Cruz, usou as redes sociais, ainda na noite da última quarta-feira (27), para denunciar um dos cuidadores de seu pai. A jovem, de 20 anos, afirmou ter sido vítima de importunação sexual pelo funcionário do sambista.
Segundo a publicação, o caso aconteceu no último dia 24, quando, ainda conforme as informações postadas por ela, o homem foi até seu quarto e a tocou, justificando que seria “difícil resistir” ao vê-la usando roupas de dormir.
“Tive meu corpo tocado, sem minha autorização, com a justificativa de que eu estava de baby doll e como homem era muito difícil resistir. Dentro da minha casa, no meu quarto, onde eu deveria me sentir segura”, lamentou Flora.
A herdeira do cantor ressaltou que sua vestimenta passa longe de explicar qualquer ato sem consentimento. Além disso, ela antecipou possíveis críticas e explicou a normalidade nas redes ao longo dos últimos dias.
“Não falei nada antes por medidas de segurança. Todo conteúdo que vocês viram aqui nesses dias eram gravados e faziam parte de um cronograma de trabalhos”, esclareceu a filha de Arlindo Cruz.
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“Resolvi tornar pública a situação, para me proteger e usar minha voz para que mais mulheres não se calem. Eu, dentro da minha casa, achando que estava segura, com uma pessoa que estava ali pra cuidar da saúde do meu pai”, lamentou.
Leia abaixo o relato completo:
“Oi, diferente de tudo o que vocês já viram aqui, está me doendo muito ter que escrever esse texto. Pela exposição, pelo que vivi, por medo e por saber que não fui e não serei a última mulher a passar por isso. Na madrugada do dia 24 de abril eu fui vítima de importunação sexual. Não falei nada antes por medidas de segurança. Todo conteúdo que vocês viram aqui nesses dias eram gravados e faziam parte de um cronograma de trabalhos.
Resolvi tornar pública a situação, para me proteger e usar minha voz para que mais mulheres não se calem. Eu, dentro da minha casa, achando que estava segura, com uma pessoa que estava ali pra cuidar da saúde do meu pai.
Não importa a roupa que você está usando, ou a ausência dela, se você bebeu, se está acordada ou se está dormindo. Não é não. E o corpo do outro não deve ser tocado sem consentimento. Eu estou assustada, com medo, com vergonha de ter e precisar me expor dessa forma, e sem muito mais o que dizer. Ainda está muito difícil assimilar tudo isso.
Agradeço ao cuidado e carinho da minha família, meus amigos e minha equipe que me acolheu nesse momento. E peço, com todo meu coração, que se você passou ou está passando por algo parecido, que NÃO SE CALE. Com amor, Flora Cruz”