Comandando o ‘Melhor da Tarde‘, da Band, há cerca de cinco anos, Cátia Fonseca já percorreu uma estrada ainda maior ao longo de sua vida profissional. Não à toa está se aproximando da marca de três décadas de profissão – muitos deles marcados pelo machismo e assédio, como a própria relembra.
Em entrevista ao portal gshow, a jornalista refletiu sobre a evolução com que os temas vêm sendo debatidos com o passar dos anos. Apesar de comemorar a nítida melhora, ela ainda citou ter presenciado algumas situações no mínimo controversas.
“Venho de uma geração que muitas coisas aconteciam e a gente não sabia que nome dar. Era um comportamento que se fazia natural, mesmo que causasse certo incômodo e estranheza. Porque a gente não tinha a oportunidade, como a gente tem hoje, de debater sobre assuntos como machismo e assédio”, argumenta Cátia.
A apresentadora de 54 anos continua: “É um trabalho que a gente tem que fazer no dia a dia. Por muitas vezes, em várias reuniões, os homens falavam primeiro e só depois que a gente tinha a oportunidade de falar”.
De acordo com a opinião de Cátia, ainda que a evolução não esteja acontecendo na velocidade que deveria, é importante comemorar os pequenos passos. Para ela, muita coisa acontecia em “um modo automático”, onde acabavam passando despercebidos.
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ETARISMO
Outro ponto comentado pela funcionária da Band é o etarismo, preconceito sofrido com base na idade da pessoa. No auge de seus 54 anos, ela comemora o sucesso do seu trabalho na emissora, mas sabe que essa está longe de ser a realidade da maioria.
“Sou muito privilegiada por conta do meu trabalho, mas a gente vive em um mundo muito preconceituoso e machista. Muitos homens são aceitos no mercado de trabalho mais velhos. E isso não acontece com as mulheres”, lamenta Fonseca.