O pai do menino Henry Borel, o engenheiro Leniel Borel, se manifestou sobre a proibição do episódio do ‘Linha Direta’, que iria retratar o caso nesta quinta-feira (18). Em entrevista ao Notícias da TV, o pai do garoto se mostrou revoltado com a decisão da Justiça de censurar o programa.
“A defesa do Jairo é covarde! Tem medo da verdade e das robustas provas que serão apresentadas. Mas a verdade não faz curva e virá no tribunal”, disse.
Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, era padrasto do menino Henry. Ele e Monique Medeiros, mãe do garoto, são os acusados pelo assassinato.
Leniel, que foi um dos entrevistados do ‘Linha Direta’, afirmou que a Globo não irá desistir da exibição do episódio. “A Globo recorreu. Se não der amanhã, será exibido assim que for liberado”, informou. A emissora, por sua vez, disse que não comenta casos tratados na Justiça.
Ainda segundo o veículo, nos bastidores da Globo a decisão é vista como censura prévia e, portanto, inconstitucional.
Na noite da última quarta-feira (17), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou que o programa seja exibido nesta quinta-feira. Na decisão, o ministro diz que o pedido da defesa de Jairinho teve “o claro propósito de censurar a exibição da matéria jornalística de evidente interesse público.”
ENTENDA
A defesa de Jairinho entrou com uma liminar para que o episódio do ‘Linha Direta’ que iria retratar o caso do menino Henry Borel não fosse exibido.
O pedido foi acatado pela juíza Elizabeth Machado Louro, que alega que a exibição do programa poderia influenciar a opinião pública e, consequentemente, o julgamento. “O réu deverá ser julgado por um corpo de juízes leigos, e tal exposição poderá colocar em risco a imparcialidade dos julgadores”, afirma.
Henry Borel foi morto aos 4 anos de idade, em março de 2021, vítima de agressão. A mãe e o padrasto do menino são acusados pelo assassinato dele.
Atualmente, Jairinho está detido preventivamente no presídio de Bangu 8 e será julgado por homicídio e tortura. Por sua vez, Monique foi liberada da prisão preventiva e segue respondendo ao processo.