Recém-chegada no numeroso time de profissionais demitidos da Globo, Cecília Flesch abriu o jogo e detalhou os momentos que antecederam seu desligamento. O anúncio da saída aconteceu logo após ter falado mal da emissora publicamente.
Por meio de uma transmissão ao vivo realizada em suas redes no último domingo (18), a jornalista revelou ter presenciado “coisas estranhas” na antiga casa. A ex-âncora da GloboNews acredita que o episódio em que expôs bastidores de sua então empregadora não foi determinante para a saída.
“Eu fiquei em choque, só que eu estava muito bem preparada. No dia anterior, eu estava conversando com o chefe de redação sobre as novidades e tinha gravado um programa piloto. Eu não entendia como um jornal que estava há um mês ganhando na audiência poderia estar passando por aquilo”, iniciou Cecília, contando ter sido demitida sob a alegação de reformulação do canal.
E ela continuou: “Salvando raríssimas exceções, estávamos indo muito bem nesse último mês, desde a chegada de uma nova editora chefe. Eu não entendi nada e contei para o meu diretor a sequência de fatos estranhos que estavam acontecendo”.
As tais situações incomuns expostas pela jornalista – que estava há 18 anos no canal de notícias, passam por boicotes, complôs e até censura. Isso porque, entre as muitas denúncias, ela afirma ter sido proibida de elogiar colegas de equipe.
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AS FALAS
“Minha editora proibiu de elogiar a equipe para o dono do canal, e inclusive interrompeu minha fala de uma forma muito brusca. Depois fiquei sabendo que tentaram tirar um outro editor que eu havia elogiado, mas conseguimos reverter a situação”, contou Flesch.
A proibição chegou até ela logo após uma denúncia da tal editora contra um outro jornalista da casa, que teria a chamado de “burra”. Após o episódio, um portal começou a vincular informações sobre o fim do programa – as notícias foram interrompidas logo depois de trocas de funcionários da chefia.
A jornalista também revelou que, depois de muita especulação sobre o fim do ‘Em Ponto’, ela foi uma das vítimas das denúncias de colegas. Na ocasião, circulou um print – de uma publicação feita dois meses antes, onde Cecília foi acusada de fazer propaganda para uma marca de roupas.
“Mas eu nunca fiz isso. Para mim, foi alguém que fez isso por maldade. Não dá para saber se a pessoa printou e guardou ou recebeu e mandou naquele momento…”, refletiu.