Quando se trata de aumentar as chances de concepção, a alimentação desempenha um papel crucial. Uma dieta equilibrada e rica em nutrientes pode fornecer ao corpo os elementos necessários para otimizar a saúde reprodutiva e hormonal. Portanto, é essencial adotar uma abordagem nutricional adequada ao planejar uma gravidez, visando não apenas a saúde materna, mas também a saúde do futuro bebê.
Segundo a médica graduada em nutrologia, Patrícia Santiago, a alimentação desempenha um papel fundamental na promoção de uma gravidez saudável. O ácido fólico, por exemplo, tem sido amplamente estudado e demonstrou ajudar a prevenir defeitos de formação do cérebro e da coluna vertebral nos bebês.
Ela destaca que é recomendado que todas as mulheres em idade reprodutiva consumam 400 microgramas de ácido fólico diariamente. Além disso, alimentos fontes do nutriente, como vegetais folhosos escuros (espinafre, couve), grão-de-bico, feijão, ervilha, lentilha, abacate e frutas cítricas, podem oferecer uma proteção adicional, especialmente para aquelas que engravidam sem planejamento.
Vale lembrar que cada indivíduo é único e pode ter necessidades nutricionais específicas. Consultar um profissional de saúde, como um nutricionista ou médico especializado, garante que essas necessidades sejam atendidas adequadamente.
Carne X Fertilização
Um estudo revelou que o consumo de carne pelos homens, especialmente as processadas, afeta diretamente a taxa de fertilização. De acordo com a pesquisa, o consumo de aves teve impactos positivos, enquanto de carne processada, como bacon e linguiça, trouxe consequências negativas. Os resultados mostraram que homens que consumiam menos carnes processadas (em média 1,5 porções por semana), apresentaram uma chance de 82% de atingir a gravidez com sua parceira. Já os homens que consumiam mais carnes processadas, com média de 4,3 porções por semana, tinham uma chance de apenas 54%.
Nutrientes
O ferro é fundamental para a formação de glóbulos vermelhos e o transporte adequado de oxigênio no corpo, incluindo aí os órgãos reprodutivos. O cálcio também é essencial para a saúde reprodutiva. Além dos laticínios, boas fontes de cálcio são vegetais de folhas escuras, como brócolis e couve. As vitaminas D e E são conhecidas por seu papel na saúde geral e na função imunológica, mas também podem ter efeitos positivos na fertilidade. Quanto à vitamina D, a exposição ao sol é uma fonte natural importante. Já a vitamina E pode ser encontrada em nozes, sementes, abacate e azeite. Junto com as vitaminas A, C e E, você também pode acrescentar no cardápio alimentos com vitamina B6 (couve-flor, banana e brócolis, por exemplo), para uma alimentação ainda mais completa. Lembrando que ela será sempre um complemento para estimular o aumento da fertilidade – principal fator para quem busca engravidar.
Queijo envelhecido
Queijos envelhecidos como parmesão e provolone, ajudam a manter a boa a saúde dos óvulos e espermatozoides por serem ricos em poliaminas, impedindo que os radicais livres de causarem danos às células reprodutivas.
Gordura boa e vegetais
Uma mudança benéfica para o casal é aumentar a quantidade de gordura na alimentação, desde que seja o tipo certo de gordura. “As encontradas em nozes, sementes, abacate e azeite de oliva podem ter um impacto positivo na fertilidade. Além disso, uma alimentação rica em vegetais também pode ser benéfica”, ressalta. Pesquisa associou o consumo de proteína vegetal, como leguminosas, no lugar de proteínas animais, a um risco 50% menor de infertilidade ovulatória. Isso mostra que uma alimentação baseada em vegetais pode ter um impacto significativo na fertilidade feminina.