Regina Casé abriu a caixinha de perguntas das suas redes sociais para responder algumas perguntas que os seus seguidores fizeram na última sexta-feira (11). Dentre tantas perguntas, um internauta perguntou se a sua filha Benedita Zerbini, de 34 anos, fruto de seu antigo relacionamento com Luiz Zerbini, ainda sofre preconceito por ter deficiência auditiva.
“Ave, Maria! Quantos preconceitos! Se a pessoa percebia que ela usava aparelho auditivo, a pessoa começava a berrar com ela, falar assim, fazer gestos, um exagero, uma palhaçada. Nossa!”, iniciou.
“Todo tipo de preconceito. De eu ir a uma loja e a pessoa nem se dirigir a ela, nem olhava para ela, via que ela usava aparelhos nos dois ouvidos e falava: ‘Ela quer qual calça, a branca ou a preta?’, ‘ela vai querer experimentar a roupa?’. Ela já era adulta do meu lado. Era uma coisa muito absurda”, continuou.
Por fim, a famosa disse que a filha participa do PCDPOD, que vai ao ar no YouTube, que fala sobre diversidade. “Acho que hoje em dia é muito menos, porque ela saiu do armário da surdez, fala tanto sobre isso que as pessoas não só já sabem, como também admiram”, finalizou.
VEM AÍ?
Regina Casé está atenta aos pedidos do público para o retorno do ‘Esquenta’ – seu programa que chegou ao fim em 2017. Tanto que a apresentadora teria pressionado a TV Globo para que a atração volte à programação da emissora. Ela tem planos de uma reformulação do formato de sucesso.
“Eu tô tentando, todo mundo quer, mas agora não sei o que deu no pessoal, porque não tem nenhum motivo específico [para o programa não voltar], mas eu ando na rua atualmente, e todas as pessoas que cruzam comigo só falam nisso, deu uma saudade coletiva do ‘Esquenta'”, afirmou em entrevista ao podcast ‘Só da Play’.
Para Casé, o estilo do programa precisaria enfrentar algumas mudanças antes de voltar ao ar. Ela defendeu: “Seria diferente por mil motivos. Eu vou ter uma conversa lá na Globo para ver se a gente faz uma temporada de verão, uma temporada especial”.
A apresentadora aproveitou para exaltar a importância do ‘Esquenta’ para a promoção da diversidade na TV brasileira. “Eu tenho muito orgulho porque mais uma vez a gente foi pioneiro, e também representatividade, porque eu acho que o ‘Esquenta’ foi muito importante”, disse.
E completou: “A plateia já era muito diferente de uma plateia de auditório normal, e no palco estava o que eu acho que deve ser a televisão, um retrato da população do Brasil, se a população do Brasil é pelo menos meio a meio branco e preto, o auditório e quem está falando, se expressando ali, tem que ser pelo menos 50% preto”.
Vale destacar que o ‘Esquenta’ foi exibido nas tardes de domingo de 2011 até 2017 – sendo dividido em cinco temporadas. O programa reunia atrações musicais, comentaristas e assistentes de palco dos mais diversos grupos sociais.