O avô que pulou do quarto andar de um prédio após um incêndio provocado pela neta de 11 anos saiu em defesa da menina. “As pessoas julgam uma criança”, disse. O caso aconteceu no último dia 14, em Pato de Minas (MG), e desde então a jovem tem sido alvo de ataques.
“As pessoas fazem julgamento em cima de uma criança, mas elas não sabem o problema que ela tem. Ela tem um acompanhamento psicológico, ela tem a bipolaridade dela”, disse o avô ao ‘Fantástico’ deste domingo (22).
“Com 9 anos de idade, ela fugiu de casa, do nada assim. Graças a Deus, também achamos ela bem, sabe? Então, assim, é muito prematuro ficar falando dela porque eu, como avô e pai, não aprovo”, contou.
Agora, a menina está sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar e vem recebendo apoio médico e psicológico. Ela, que vivia com os avós, está morando com o pai em outra cidade e teve a identidade preservada.
Desde o incêndio, os avós estão recebendo doações para conseguir restaurar o apartamento e pagar o tratamento da mulher, que sofreu lesões no momento da queda. “Todo mundo tem a sua parcela de participação no desfecho do que seria uma tragédia. Então, a gente aproveita a oportunidade e quer agradecer”, disse o avô.
O INCÊNDIO
Uma menina de 11 anos colocou fogo no sofá, trancou as portas do apartamento e desceu com seus patins para brincar depois de ser impedida de usar o celular pelos avós.
Eles conseguiram se salvar pulando da janela. Na ocasião, vizinhos colocaram colchões no andar térreo do prédio para amortecer a queda. Os mesmo vizinhos têm ajudado a família com dinheiro e mantimentos desde então.
Seguindo o Estatudo da Criança e do Adolescente, a Polícia Militar não seguirá com as investigações porque o incêndio foi provocado por uma menor de idade e, portanto, ela não pode ser responsabilizada criminalmente.