Deborah Secco recordou a morte de sua irmã, Ana Luísa, aos cinco anos de idade, por conta de problemas de saúde. A atriz tinha apenas dois quando tudo aconteceu e desenvolveu o senso de “responsabilidade” em deixar os pais felizes.
Ao ‘Conversa com Bial’, ela falou sobre o assunto: “Comecei a trabalhar muito cedo e eu achava que tinha de cuidar da minha família. Ela era igual a mim. Nas fotos de bebê, a gente não sabe se sou eu ou ela. E acho que meu pai e minha mãe, inconscientemente, fizeram uma transferência. Eu dormia na cama que era da Ana Luísa e usava as roupas que eram da Ana… Acho que criei essa responsabilidade de fazer os meus pais felizes, de cumprir as expectativas. Carreguei isso por muitos anos, lido com isso arduamente ainda hoje. Essa necessidade de agradar, de corresponder ao que se espera de mim, de ser perfeita. Mas acredito que nos últimos anos tenho lidado com isso com mais sabedoria”.
“As pessoas têm sempre uma coisa: ‘se ela é bonita, se ela é muito popular, talvez ela não seja boa atriz, ela está ali porque ela é bonita’. Acho que sempre tive uma dificuldade de entender a atriz que eu sou. Mas quando você vai fazer cinema, aí é boa atriz. Fiz cinema porque eu me achava injustiçadíssima, eu achava que não tinha outra solução.”
Ver essa foto no InstagramPROPAGANDA
PERSONALIDADE
Também se comparou com suas personagens: “Eu gasto a minha energia onde eu posso. Não sou espevitada. Acho que as minhas personagens são. Fiz mulheres muito elétricas, e talvez as pessoas tenham esse ritmo meu. E o meu ritmo não é esse. Acho também que tem a coisa das entrevistas que eu dou. Sou uma mulher muito livre. E penso de forma muito livre. Não sou uma pessoa com medo de ser livre. Não fujo das respostas, dos meus erros, de onde preciso mexer. Não tenho medo mesmo de falar sobre onde errei, sobre as minhas falhas, sobre onde penso diferente, sobre onde me dói. Acho que falar sobre é saudável. Me faz ser melhor. Talvez eu não devesse falar publicamente, como diz a minha mãe”.