A atriz Juliana Alves, conhecida por sua participação no BBB3 e sua trajetória na televisão, compartilhou sua experiência sobre os desafios enfrentados após iniciar sua carreira de atriz, em entrevista à revista Contigo!.
Ela desabafou sobre a desconfiança e o preconceito percebidos em sua jornada profissional: “Existe uma desconfiança e às vezes a gente sente. Mas assim, eu nem gosto de ficar falando muito, porque parece que sempre estou recorrendo em uma coisa que foi muito superada. De fato acontece nas relações, a gente tem um país que limita muito as possibilidades para artistas pretos”.
Juliana, também ex-bailarina do Faustão, expressou preocupação com as dificuldades enfrentadas por seus colegas que não tiveram a mesma oportunidade de participar de um reality show: “Eu tive o privilégio de ter essa oportunidade e me preocupo muito mais assim com as dificuldades que os meus colegas que não participaram de reality tiveram. E aí gente sempre esteve muito unido, falando sobre isso”.
Ao analisar os efeitos em sua carreira após o reality show, a atriz destacou: “Acho que foi um portal importante, meio que turbinou tudo. Eu já estudava bastante teatro, já tinha uma família de artistas, mas meio que acelerou um pouco as oportunidades na televisão. E aí depois dessa primeira oportunidade, eu tive que me dedicar bastante, para chegar hoje com 20 anos de carreira. Não foi fácil! Mas eu sou muito grata por ter tido esse momento na minha vida. Foi importante!”
DESAFIOS E CONFLITOS ENFRENTADOS POR JULIANA ALVES CONTRA O RACISMO NA TV
Com uma trajetória na televisão desde 2003, Juliana Alves compartilhou os desafios e preconceitos enfrentados em uma indústria que, apesar de avanços, ainda perpetua o racismo. Em entrevista à revista Caras, a atriz revelou as dificuldades enfrentadas por mulheres negras na mídia.
Ela explicou: “Vivenciei na pele todas as dificuldades e conflitos quando se é uma atriz negra, consciente, em uma novela que entra em choque com o que a gente quer falar. Tive experiências dolorosas.”
Apesar de lutar contra o preconceito, Juliana expressou seu desejo de não ter que enfrentar essas situações: “É como um trabalho que eu sinto que preciso fazer, mas que eu gostaria que se encerrasse. Gostaria de chegar a um trabalho e ter a tranquilidade que uma atriz branca tem. Saber que ela não vai sofrer desgaste ou constrangimento, viver o conflito de não estar fazendo algo que ela acredita, se sentindo diminuída pela sua etnia. Ao longo dos anos, tive que discutir a questão do cabelo, por exemplo. Sabia que iam querer diminuir o volume, mas fui conquistando.”