A jornalista esportiva Renata Heilborn, que recentemente expôs que foi traída por Marcelo Courrege, repórter da Globo, com a então amiga e madrinha do seu casamento com ele, Carol Barcellos, afirmou querer paz, em entrevista ao UOL, após a exposição do caso.
“Já faz seis meses [que a traição aconteceu], estou super bem. Falei que eu ia falar sobre o que aconteceu uma vez e será a única, porque para mim já passou, todo mundo está vivendo suas vidas. Só me pronunciei mesmo porque eles também se pronunciaram, mas acabou por aqui, está tudo certo”, disse ela.
E continuou: “É legal o carinho das pessoas, a troca, mas isso é complexo, não é simples. A internet transforma tudo numa coisa muito grande, maior do que na realidade é, só quer viver minha vida em paz, quero que todo mundo fique bem, está todo mundo certo. Sem amores, por enquanto. Estou vivendo, cuidando de mim. Nesse momento é o mais importante. Sou jornalista, tenho meu trabalho, coisas importantes para fazer”.
De acordo com a advogada Amanda Gimenes, mestre em direitos supraindividuais pela Universidade Estadual de Maringá – UEM e especialista em direito civil e processual pela Universidade Estadual de Londrina – UEL, em entrevista à AnaMaria Digital, a exposição pública de um caso de traição, devido ao constrangimento, pode condenar o traidor a uma indenização para a pessoa traída, caso caia na Justiça.
“A regra do dever de indenizar diz que aquele que por ação ou omissão, negligência e imprudência causar dano a outrem fica obrigado em repará-lo e até um relacionamento aberto não significa uma autorização para a humilhação pública do outro”, explica.
RELATO DELA
“Fui casada durante 10 anos, no total foram 12 anos de relacionamento. Primeiro ponto: meu casamento não era aberto. Que isso fique muito claro. Segundo: descobri da pior forma possível que meu ex-marido tinha um caso com uma amiga minha, madrinha do meu casamento. Casamento, aliás, que não era perfeito. Longe disso. Já estávamos em crise, e eu mesma já havia pedido a separação um ano antes de isso tudo acontecer. Porém, num momento em que estava frágil, após pedir demissão da TV Globo, descobri que ele estava com uma amiga – daquelas confidentes e que eu convivia diariamente. Depois que eu descobri, numa manhã de sexta-feira, saí de casa, e ele foi morar na casa dela e viver sua “paixão”. Eu demorei pra ficar bem, pra me refazer da decepção. De imediato, comecei a me culpar, porque abri minha intimidade para uma pessoa que julgava minha amiga. A traição de um amigo abre um buraco muito mais profundo. Mas não era uma opção parar de viver. Eu não merecia isso. Para terminar, vamos lá: Cada um dá o que. E tem gente que não tem nada para dar. Que é vazia, com caráter frágil. Perdi o medo, o trauma ficou e, hoje, só agradeço. Como todo mundo que esbarra comigo diz: ‘Foi livramento’. Foi, sim. Daqueles enorme. E, hoje, só agradeço”.