
A blefaroplastia, cirurgia das pálpebras, deixou de ser apenas um procedimento estético para se tornar um dos segmentos mais dinâmicos da oftalmologia no Brasil. O avanço das técnicas, a incorporação de novas tecnologias e a mudança no perfil do consumidor, cada vez mais atento ao impacto funcional e à rápida recuperação, transformaram a cirurgia palpebral em um mercado em expansão acelerada.
O crescimento acompanha um movimento global. Em 2024, a blefaroplastia liderou os rankings internacionais de cirurgias estéticas e manteve forte ritmo de alta em 2025, puxada principalmente pela busca por resultados naturais, seguros e com menor tempo de afastamento das atividades profissionais. No Brasil, o procedimento passou também a ocupar espaço estratégico dentro da oftalmologia, unindo saúde, funcionalidade e estética em um mesmo serviço.
Dentro desse cenário, surgem novos nomes que representam essa transformação do setor. Um deles Luís Felipe Del’Arco Bortolan, de 31 anos, formado pela Faculdade de Medicina de Belo Horizonte (FAMINAS-BH). Sua trajetória é marcada por escolhas em centros de alta performance, com residência em oftalmologia no Instituto Suel Abujamra e especialização em cirurgia de catarata e refrativa no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Atualmente, ele integra o corpo clínico do Instituto Pedro Ruiz, considerado o maior hospital especializado em cirurgias de pálpebras da América Latina. Em 2025, passou a figurar entre os médicos que mais realizaram blefaroplastias no Brasil, com cerca de 1.000 procedimentos no ano, além de atuar como preceptor em mais de 500 cirurgias na escola de especialização da instituição.
O alto volume cirúrgico se conecta diretamente à lógica de escala e padronização que vem sendo aplicada ao setor. As cirurgias realizadas com tecnologia a laser, por exemplo, permitem maior previsibilidade de resultados, recuperação mais rápida e redução de custos operacionais no médio prazo. Esse modelo tem atraído investimentos e sustentado projetos de expansão no país.
O Instituto Pedro Ruiz, onde o médico atua, tem previsto um plano de crescimento com a abertura de 32 unidades no Brasil, levando o modelo de especialização em cirurgia palpebral para novas regiões. O movimento reflete uma tendência do mercado de saúde que combina hiper especialização, ganho de eficiência e interiorização de serviços de alta complexidade.
Além da blefaroplastia, Luís Felipe também atua no segmento de cirurgia refrativa, outro mercado em ascensão no país, impulsionado pelo desejo de independência dos óculos e pela evolução dos exames diagnósticos e das plataformas de laser.
O avanço da cirurgia palpebral no Brasil ilustra um fenômeno mais amplo: a transformação da oftalmologia em um setor cada vez mais integrado às dinâmicas de inovação, escala, tecnologia e gestão. Nesse novo cenário, a ascensão de profissionais jovens, com alta produtividade e formação em centros de excelência, ajuda a desenhar o futuro de um dos ramos mais promissores da medicina especializada.








