O furo de drenagem no fundo do vaso é absolutamente não negociável para a saúde das raízes das plantas. Sem ele, a água da rega acumula-se no fundo do recipiente, criando um ambiente encharcado que sufoca as raízes e as leva ao apodrecimento. Este é o erro número um e a principal causa de morte de plantas em ambientes internos.
Como escolher o vaso e o substrato ideais?
A escolha do material do vaso influencia a frequência da rega. Vasos de barro ou terracota são porosos e permitem a evaporação da água pelas laterais, sendo ideais para plantas que não gostam de umidade excessiva. Já os vasos de plástico ou cerâmica esmaltada retêm mais água, exigindo cuidado para não regar em excesso.
O substrato correto não é terra comum de jardim. Para a maioria das plantas, é necessário um mix bem drenado, que pode incluir terra vegetal, composto orgânico e materiais como perlita, vermiculita ou casca de pinus. Este conjunto garante que as raízes tenham acesso a nutrientes, oxigênio e umidade sem ficarem alagadas.

Quais são os passos para o plantio correto em um vaso novo?
O processo começa com a cama de drenagem. Cubra os furos no fundo do vaso com um pedaço de manta de bidim ou um caco de cerâmica. Em seguida, adicione uma camada de argila expandida ou pedrisco, com cerca de três centímetros. Esta camada impede que o substrato escape e facilita o escoamento do excesso de água.
Preencha parte do vaso com o substrato adequado e posicione o torrão da planta. O nível final do substrato deve ficar um ou dois centímetros abaixo da borda do vaso, para criar um reservatório de água durante a rega. Complete com mais substrato, pressionando levemente para firmar a planta, e faça a primeira rega generosa até que a água saia pelo furo de drenagem.
Como selecionar a planta certa para o seu ambiente?
O sucesso depende de combinar a planta com as condições de luz do local. Para janelas voltadas para o norte (no hemisfério sul) ou ambientes internos com pouca luz, opte por espécies de meia-sombra, como Zamioculca, Espada-de-São-Jorge ou Jiboia. Para varandas ensolaradas a oeste ou sul, você pode escolher plantas de sol pleno, como Suculentas, Lavanda ou Hortelã.
Considere também o espaço disponível para o crescimento. Verifique o tamanho adulto da espécie para não precisar fazer transplantes frequentes. Plantas de crescimento lento são mais fáceis de manejar em apartamentos, enquanto as de crescimento rápido podem demandar mais podas.
Quais são os erros de rega mais comuns e como evitá-los?
O instinto de regar por calendário (ex: toda segunda-feira) é prejudicial. A necessidade de água varia com a estação do ano, o tamanho da planta, o material do vaso e a temperatura ambiente. O método mais seguro é o teste do dedo: afunde o dedo indicador cerca de três centímetros no substrato. Se estiver seco, é hora de regar; se estiver úmido, espere.
Outro erro é a rega superficial, que molha apenas a camada de cima. A água deve atingir todo o torrão de raízes. Regue sempre até ver a água escorrer pelo furo de drenagem e, depois, despeje o excesso que acumular no prato. Nunca deixe a planta “de pé” na água acumulada.
Como manter as plantas saudáveis a longo prazo?
A adubação regular repõe os nutrientes que o substrato perde com o tempo. Use um adubo orgânico, como húmus de minhoca ou torta de mamona, a cada dois ou três meses, ou um adubo mineral líquido diluído conforme instruções da embalagem, geralmente a cada 15 dias na primavera e verão.
Fique atento também à limpeza das folhas, removendo o pó com um pano úmido para que a planta possa respirar e fazer fotossíntese eficientemente. A rotação do vaso a cada quinze dias, girando um quarto de volta, garante que todos os lados da planta recebam luz uniformemente, evitando que ela cresça torta em direção à janela.








