O trágico episódio envolvendo a leoa em João Pessoa expôs um tema que, embora pareça distante do cotidiano, merece atenção: como os espaços de visitação lidam com riscos e com o comportamento natural dos animais. O caso ocorreu no domingo (30), no Parque Arruda Câmara, quando um homem de 19 anos entrou no recinto da leoa ao escalar uma estrutura lateral, ultrapassar grades de proteção e usar uma árvore como apoio. Apesar dos protocolos existentes, o ataque mobilizou visitantes e equipe técnica e, naturalmente, gerou questionamentos profundos.
A prefeitura informou que o invasor subiu mais de seis metros e ignorou todas as barreiras de segurança, o que reforça a importância de orientar a população sobre riscos e regras de visitação.
O que diz o Parque Arruda Câmara sobre o incidente
Logo após o ataque, o Parque Arruda Câmara suspendeu as atividades, evacuou os visitantes e acionou Polícia Militar e Instituto de Polícia Científica. O município lamentou o ocorrido e ressaltou que o espaço segue normas técnicas nacionais. De acordo com a administração, a leoa — chamada Leona — não teve qualquer comportamento fora do esperado: ela apenas reagiu à invasão repentina, algo que qualquer animal selvagem faria. Leona tem 18 anos e nasceu e foi criada no zoológico em João Pessoa.
“O espaço da leoa conta com mais de 8 metros de altura, grades reforçadas e todas as barreiras técnicas previstas para garantir a proteção dos animais e dos visitantes. O ocorrido foi um incidente absolutamente imprevisível, fora de qualquer cenário dentro da rotina do parque”, diz a nota oficial do parque.
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Reação da leoa em João Pessoa e cuidados após o ataque
Conforme os veterinários do parque explicaram em comunicado oficial, Leona ficou estressada com a situação, mas respondeu aos sinais de treinamento. Isso permitiu que a equipe a contivesse sem tranquilizantes ou armas. Desde então, a leoa recebe acompanhamento de veterinários, biólogos e zootecnistas, que avaliam comportamento, alimentação e padrões de atividade.
Vale destacar que, de acordo com o parque, em nenhum momento houve discussão sobre sacrificar o animal. Protocolos internacionais de manejo recomendam justamente o contrário: proteger o animal quando a ação resulta de uma reação instintiva. Esse entendimento é adotado por diversos zoológicos ao redor do mundo.

O que muda agora na segurança em zoológicos
Depois do ataque, um ponto ganhou força: é preciso revisar a segurança em zoológicos brasileiros. Ainda que o parque possua equipamentos de proteção, barreiras físicas e rotinas diárias de inspeção, especialistas acreditam que, após um episódio tão extremo, vale repensar acessos, sinalização e vigilância.
Além disso, o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba informou que criará uma comissão técnica para avaliar as condições estruturais da Bica e propor reforços. Enquanto isso, a visitação permanece suspensa. O parque será reaberto somente após análise e avaliação final da leoa.
Afinal, a leoa será sacrificada?
Não, a leoa não será sacrificada. Segundo o parque, Leona está saudável, não demonstra agressividade e apenas reagiu como qualquer animal faria diante da entrada de um desconhecido no recinto. Portanto, o foco agora se concentra na investigação oficial e no reforço das medidas para evitar novas invasões.
Resumo: O ataque envolvendo a leoa em João Pessoa expôs fragilidades estruturais e emocionou visitantes. Enquanto o Parque Arruda Câmara reforça protocolos e passa por avaliação técnica, Leona segue monitorada e sem risco de sacrifício. A discussão sobre segurança em zoológicos ganha força e promete mudanças importantes para evitar novos incidentes. Caso permanece em investigação.
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