Muita gente ainda se surpreende ao descobrir que pets podem ter diabetes, mas a condição está entre as doenças hormonais mais comuns na rotina veterinária. Ela acontece quando o pâncreas do animal produz pouca insulina ou quando o organismo não consegue utilizá-la corretamente. Como consequência, a glicose se acumula no sangue e provoca uma série de alterações no comportamento e na saúde do pet.
Embora o diagnóstico possa assustar no início, ele costuma trazer excelentes resultados quando ocorre precocemente. Por isso, observar pequenas mudanças no dia a dia faz toda a diferença. Entre os primeiros sinais, destacam-se o aumento da urina, a sede exagerada, a fome intensa e, mesmo assim, a perda de peso.
À medida que o quadro progride, o pet pode apresentar fraqueza, apatia e até catarata, especialmente em cães. Esses sintomas, quando percebidos rapidamente, aceleram o início do tratamento e melhoram o prognóstico.
Como identificar o diabetes em pets
Muitos tutores relacionam essas mudanças ao envelhecimento natural do animal. Entretanto, notar que o potinho de água esvazia mais rápido ou que o pet precisa sair para fazer xixi com maior frequência já exige atenção. Portanto, as visitas regulares ao veterinário continuam sendo fundamentais. Somente o profissional realiza exames como medição de glicemia e análise de urina, que confirmam o diagnóstico ou descartam outras doenças.
Conforme a veterinária Kathia Soares, da MSD Saúde Animal, reconhecer esses sinais cedo ajuda a evitar complicações. Além disso, a orientação especializada garante que o tratamento comece de forma segura e planejada.
Principais fatores
O diabetes em cães e gatos é multifatorial. Ainda assim, a obesidade se destaca como um dos principais fatores de risco, já que favorece a resistência à insulina, mecanismo muito semelhante ao que acontece em humanos. Além disso, doenças como pancreatite, o uso prolongado de determinados medicamentos e até predisposição genética podem contribuir para o surgimento do quadro.
Manter o peso ideal, apostar em uma alimentação equilibrada e estimular atividades físicas compatíveis com a idade e a raça ajudam muito na prevenção. Dessa forma, os tutores conseguem reduzir as chances de alterações metabólicas ao longo da vida do animal.
Possibilidades de tratamento
Depois que o diagnóstico é confirmado, o tratamento busca restabelecer o equilíbrio metabólico do pet. Na maioria dos casos, a rotina inclui aplicação de insulina, dieta específica com menor teor de carboidratos, exercícios regulares e atenção a possíveis infecções que possam interferir no controle glicêmico.
Segundo a veterinária Kathia Soares, o comprometimento do tutor é decisivo para o sucesso do manejo. Conforme a especialista explica, quando o monitoramento acontece de forma consistente, o pet volta à rotina e vive com qualidade e alegria.
Resumo: Cães e gatos também podem desenvolver diabetes, mas a doença tem tratamento eficaz. Identificar sinais como sede excessiva, aumento da urina e perda de peso ajuda a agilizar o diagnóstico. Com insulina adequada, monitoramento frequente e acompanhamento veterinário, o pet pode viver muitos anos com saúde e bem-estar.
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