Se você já se desesperou com um chinelo mastigado ou um tapete desfiado, vai se identificar com a história de Bruna Simek. A influencer compartilhou nas redes sociais o dia a dia com seus dez huskies siberianos, em um vídeo que viralizou no TikTok: “Tudo que meus 10 huskies já destruíram”, diz a legenda.
A cena impressiona: móveis irreconhecíveis, buracos no jardim e até uma bicicleta danificada. Mas o que realmente chama atenção não é só o estrago, e sim a energia inesgotável da raça e o carinho incondicional da tutora. Bruna encontrou soluções para manter a harmonia: mudou os cães para um espaço maior, garantindo que eles tivessem lugar para brincar e gastar energia sem destruir a casa.
@brunasimekTudo que meus 10 huskies já destruíram♬ som original – Bruna Simek
Comportamento destrutivo: normal da raça ou falta de manejo?
Segundo Cleber Santos, CEO do Grupo Comportpet, o comportamento destrutivo em huskies siberianos não deve ser visto como “culpa da raça”. Ele explica que, muitas vezes, é uma resposta natural à energia acumulada e à necessidade de estímulo físico e mental.
“Quando o ambiente não supre, o comportamento assume o protagonismo, e normalmente não é o comportamento que a família deseja”, diz Santos. No caso de Bruna, com dez huskies, a solução passou por entender como canalizar essa energia e oferecer estrutura e estímulos adequados.

Estratégias para reduzir a destruição em cães ativos
Para famílias que convivem com cães de alta energia, Santos recomenda algumas práticas essenciais:
- Separar os cães por energia e perfil durante as atividades diárias.
- Criar uma rotina previsível, que ajude a reduzir ansiedade e melhore o bem-estar.
- Proporcionar exercícios físicos reais, como corrida, trilhas e brincadeiras que realmente cansem os cães.
- Oferecer enriquecimento ambiental e desafios cognitivos, estimulando a mente dos animais.
- Preparar áreas adequadas dentro de casa, com espaços de descanso, circulação e lazer.
Essas medidas ajudam a equilibrar a energia dos cães e tornar a convivência mais harmoniosa, sem deixar de lado a diversão.
Limites e responsabilidades de ter múltiplos cães
A psicoterapeuta Renata Roma, pesquisadora e host podcast Mais que um Pet, alerta que ter vários cães exige avaliação realista da família: espaço, rotina consistente, perfil emocional dos tutores e capacidade de organizar atividades físicas e mentais para todos. Antes de assumir esse compromisso, é importante considerar se o espaço físico é compatível com a raça e com o número de animais, se a rotina diária permite suprir as necessidades de cada um e se os tutores têm preparo emocional e constância para manter o manejo em dia.
Ela explica que, com huskies — especialmente quando se trata de dez —, o limite sustentável não está apenas na quantidade, mas na estrutura e no preparo da família para organizar grupos, distribuir atividades e garantir estímulos adequados. Quando essas necessidades são atendidas, a convivência se torna equilibrada e muito mais harmoniosa.
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