Longevidade é um assunto interessante para a maioria das pessoas. Afinal, quem não quer viver mais – desde que com saúde? A segunda edição do Indicador de Longevidade Pessoal (ILP), realizada pela Edelman para o Grupo Bradesco Seguros, mostrou que 97% dos brasileiros se interessam pelo tema, enquanto apenas 1 em cada 6 associa o envelhecimento a algo negativo. O estudo, que ouviu 4.400 pessoas em todas as regiões do país.
O ILP mede 31 variáveis em seis pilares (saúde física, mental, social, ambiental, prevenção e finanças). Em 2025, ele registrou média nacional de 61 pontos, em uma escala que vai de 0 a 100, o que indica que o brasileiro tem boa percepção sobre o envelhecimento, mas ainda enfrenta dificuldades para transformar esse interesse em atitudes práticas.
Entre os pilares avaliados, “Atitudes em relação à longevidade” obteve o melhor desempenho, mostrando que as pessoas estão mais conscientes sobre a importância de cuidar do corpo e da mente. Já o pilar “Finanças” apresentou o pior resultado, refletindo a falta de preparo para o futuro: 60% dos brasileiros não têm reserva para a aposentadoria, número que chega a 64% entre adultos de 30 a 49 anos, fase considerada essencial para o planejamento financeiro.
O que realmente faz diferença para viver mais e melhor
Hábitos como caminhar diariamente, comer mais alimentos naturais do que ultraprocessados, manter boas noites de sono e cultivar vínculos sociais fortes estão entre os fatores mais associados a uma vida longa.
Estudos sobre as chamadas “zonas azuis”, regiões onde as pessoas vivem acima da média mundial, reforçam que a constância é mais importante do que esforços intensos ou dietas restritivas.
O papel da saúde emocional no envelhecimento
A ciência já sabe que o estresse crônico acelera o envelhecimento celular, reduz a imunidade e aumenta o risco de doenças cardíacas. Práticas simples como respiração guiada, meditação curta, terapia e organização da rotina ajudam a regular o cortisol, favorecendo uma mente mais estável e um corpo mais resiliente.
Pessoas que cultivam propósito e conexões afetivas também apresentam melhor proteção emocional ao longo dos anos.
A lacuna da preparação financeira
A falta de reserva para o futuro vai além do dinheiro: ela provoca insegurança e ansiedade, que impactam diretamente a saúde. Especialistas em educação financeira recomendam começar com metas pequenas, como guardar 5% da renda, e aumentar gradualmente.
Automatizar transferências para investimentos e criar um fundo emergencial são passos essenciais para garantir tranquilidade nas próximas décadas – e para que escolhas de saúde não sejam comprometidas por questões econômicas.
Como transformar interesse em ação
Ter consciência sobre a importância de envelhecer bem é o primeiro passo, mas a mudança acontece quando as ações são incorporadas à rotina.
Criar metas realistas, como beber mais água, marcar consultas preventivas ou reservar um tempo semanal para lazer, ajuda a fortalecer novos comportamentos. Segundo psicólogos comportamentais, hábitos duradouros surgem quando as mudanças são pequenas, prazerosas e conectadas ao estilo de vida da pessoa.
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (edição 1493, de 31 de outubro de 2025). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.








