Empreender sempre foi sinônimo de coragem – e no Brasil, mais ainda. Segundo dados do IBGE, cerca de 60% das empresas fecham antes de completar cinco anos. Entre as mulheres, o desafio é ainda maior, já que muitas acumulam funções e enfrentam barreiras que vão desde o acesso ao crédito até a sobrecarga de tarefas no dia a dia.
Mas engana-se quem pensa que o empreendedorismo é uma habilidade nata. A treinadora comportamental Raquel Coutto, autora do livro Efeito 1%: como pequenas ações executadas geram grandes transformações, mostra que é possível aprender, desenvolver habilidades e transformar pequenos passos diários em grandes resultados.
Se você sonha em abrir o seu próprio negócio, vem com a gente neste passo a passo!
Conheça o próprio mercado
Antes de abrir um negócio, é essencial entender o setor em que se quer atuar. O Sebrae orienta que a empreendedora investigue o público, os concorrentes e as necessidades do mercado. Esse mapeamento permite identificar oportunidades reais e evitar erros comuns de quem se aventura sem preparo.
Ter afinidade com o segmento também faz diferença. Trabalhar com algo que desperta interesse e propósito ajuda a manter a motivação nos períodos mais difíceis – e, acredite, eles virão. Conhecimento técnico e administrativo podem ser adquiridos ao longo da jornada, mas compreender o campo de atuação desde o início é um diferencial importante.
Planejamento
Muitas boas ideias naufragam por falta de organização. Um plano de negócios, segundo o Sebrae, é a bússola que orienta o crescimento da empresa. Nele, devem estar descritos os objetivos, o público-alvo, a estrutura de custos, as projeções financeiras e o posicionamento da marca. Esse documento, além de facilitar a gestão, serve como base para decisões estratégicas e pode ser exigido em processos de solicitação de crédito. É uma ferramenta que transforma sonhos em planos concretos.
Invista em si mesma
Atualizar-se é parte fundamental do processo de crescimento. Cursos de gestão, marketing digital e finanças ajudam a aprimorar o olhar empresarial. A atualização constante também deve incluir o acompanhamento das mudanças no próprio setor, afinal, tecnologia e comportamento do consumidor mudam rapidamente.
Além disso, é importante desenvolver habilidades socioemocionais, conhecidas como soft skills, como resiliência, empatia e comunicação. Sim, elas podem ser aprendidas!
Cuidar de si também é gestão
Segundo o Sebrae, o emocional da empreendedora tem impacto direto no desempenho do negócio. Nos primeiros meses, a pressão é grande – são finanças, clientes, fornecedores e incertezas convivendo lado a lado. Por isso, o cuidado com a mente e as emoções é tão essencial quanto o planejamento.

Ter uma rede de apoio, reservar tempo para descanso e celebrar pequenas vitórias ajuda a manter o equilíbrio.
Efeito 1%
O segredo do método de Raquel Coutto está na constância, não na pressa. “O que mantém um negócio de pé é a constância na execução de pequenas ações”, afirma. Ela propõe uma rotina de microações diárias, ou seja, pequenas melhorias que, somadas, geram grandes transformações.
A lógica é simples: uma única ligação de vendas, a revisão de um post no Instagram ou a checagem do fluxo de caixa podem parecer detalhes, mas quando repetidos todos os dias, criam ritmo e constância.
Raquel recomenda trabalhar em ciclos de 12 semanas, revisando metas e ajustando estratégias. “É a soma dos pequenos avanços que constrói negócios sólidos, preparados para se manter relevantes por anos”, diz.
Sustentabilidade também é estratégia
Empreender hoje vai além do lucro. Empresas com boas práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança) têm desempenho melhor e resistem mais às crises. Raquel acredita que as mulheres têm uma vantagem natural nesse campo: “Elas costumam enxergar o longo prazo e valorizam pessoas. Isso torna o negócio mais humano e sustentável”, explica.
Decisões simples, como reduzir desperdícios, otimizar processos e cuidar do bem-estar da equipe, fortalecem tanto o propósito quanto os resultados financeiros.
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (edição 1493, de 31 de outubro de 2025). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.








