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Início Entrevista

Vera Fischer na melhor idade

Vera Fischer conta à AnaMaria sobre os ganhos que a maturidade trouxe, rotina de beleza e saúde - e aprendizados tirados de momentos difíceis de sua trajetória

Lígia Menezes Por Lígia Menezes
22/11/2025
Em Entrevista
Vera Fischer. Foto: Priscila Nicheli

Vera Fischer. Foto: Priscila Nicheli

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Em 1969, aos 17 anos, ela ganhou o Miss Brasil. Virou atriz por acaso e deixou a vida levá-la aos mais variados caminhos. Hoje, aos 73 anos, Vera Fischer se lembra de sua história sem arrependimentos ou mágoas. “Tudo o que eu fiz naquela época foi muito intuitivo”, diz. 

Foram décadas entre novelas, filmes e peças – com alguns percalços pessoais, que foram superados e hoje são encarados com maturidade.  “Quando parei com as drogas, parei porque quis. A sanidade é muito mais proveitosa com saúde, muito mais bonita e mais clara. Sem as drogas, você se livra do lado ruim das coisas”, conta. Hoje, ela divide a rotina entre o teatro, os cuidados com o corpo e a vida tranquila ao lado dos seus “bebês” gatos. “Meu sonho é continuar trabalhando no que eu gosto. Quero paz e sossego, como já dizia o Tim Maia”.

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Vera, sua carreira começou cedo, quando você tinha apenas 17 anos já ganhou o Miss Brasil 1969. Hoje, com a maturidade, o que você ensinaria para a Vera daquele tempo? 

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Eu acho que tudo o que eu fiz naquela época foi muito intuitivo. Botei na minha cabeça que isso me levaria para o Rio de Janeiro, que era o lugar onde eu queria morar, porque tinha praia, porque as pessoas se vestiam de uma forma mais descontraída e porque a vida eu achava que era mais divertida. Realmente, no final dos anos 60 para o início dos 70 era tudo muito glamouroso. Logo em seguida, fui chamada para fazer o júri do Flávio Cavalcanti, que era na TV Tupi, todos os domingos, durava quatro horas e era ao vivo. Fui contratada e aí meu pai me deixou morar no Rio de Janeiro. Então, eu não diria nada, eu faria exatamente a mesma coisa porque foi uma coisa de força mental e de muita intuição – você segue a sua intuição e, no meu caso, deu certo.

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Você se sente realizada? Qual eram seus sonhos naquela época? Se concretizaram?

Me sinto bastante realizada. Mas apesar dos meus 73 anos, eu ainda quero realizar muitas coisas, eu tenho muita energia, alguns probleminhas físicos, algumas dores que rolam depois dos 60, mas a gente contrabalança com um pouco de fisioterapia, um pouco de pilates, e dá tudo certo. Os meus sonhos daquela época eram diferentes, eu queria ser arqueóloga, eu queria ir para os países árabes, descobrir tesouros, eu queria ir para o Egito. Depois, eu queria ser bailarina clássica, o que era impossível porque eu sou muito grande. Eu vim trabalhar no Rio de Janeiro e essa coisa de ser atriz veio por acaso. Depois do júri de televisão, eu fui chamada para fazer o meu primeiro filme, com 20 anos. Eu fiz porque era trabalho e eu precisava pagar minhas contas. E, na verdade, tudo começou assim.

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Você se arrepende de algum trabalho artístico que tenha feito no passado?

Não, eu não guardo arrependimento de nenhum trabalho. Eu acho que eu fiz excelentes trabalhos no cinema, no teatro, eu produzi teatro a partir dos 30 anos, eu fiz todas as novelas maravilhosas que eu fiz, os seriados maravilhosos. Eu posso não ter achado muito maravilhoso um ou outro personagem, mas isso não é arrependimento, isso é experiência. Você vai aprendendo. Eu estou muito feliz com a minha carreira em tudo que eu fiz.

Você já contracenou com muitos nomes fortes. Alguma pessoa, em particular, te marcou mais do que as outras? 

Eu trabalhei com os grandes atores da TV Globo, todos os atores que existiam na década de 70, 80, 90, todos os grandes atores. E eu sou muito feliz por ter aprendido com eles. Eles foram generosos comigo! A pessoa que mais me marcou e que foi o meu maior par romântico foi o Tarcísio Meira. Nós combinamos fisicamente e ele era muito querido, muito generoso e nós fizemos grandes novelas e seriados juntos. É a pessoa que eu mantenho no fundo do meu coração, mas eu amei todos os outros também.

Como era sua relação com os seus pais? E como é a sua relação com seus filhos?

Bom, a minha família é uma família alemã, né? Lá do sul de Blumenau. Meu pai veio da Alemanha, ele era um camponês, muito simples. E ele veio para o Brasil com pouco dinheiro. E ele conseguiu montar uma lojinha, depois uma outra lojinha. Casou com a minha mãe e ela trabalhava na loja com ele. E aí eu nasci, depois nasceu meu irmão. E eles nos deram uma educação que, apesar de disciplinada, com muita liberdade. Eu tinha uma babá, que era uma menina que eles adotaram e que cuidou de mim. Eu fiz balé, fiz aula de inglês, de francês, eu fazia tudo que eu podia. Escrevia muitas poesias naquela época e meus pais nunca entraram no meu quarto para ver se tinha alguma coisa errada, para fuxicar, como hoje em dia muitos pais fazem. Então, eu tentei passar isso para os meus filhos. A minha filha foi estudar nos Estados Unidos e na Inglaterra, teve uma boa educação. Meu filho estudou na escola alemã, aqui no Rio de Janeiro. Depois, se formou em cinema. E quando eles eram pequenos, eu fazia teatro, viajava pelo Brasil, levava eles junto comigo, com uma babá, todos os dois. Sinto um pouquinho de culpa por não estar do lado deles o tempo todo, eles ficavam no camarim desenhando, durante o dia a gente ia à praia, eu ia passear com eles quando dava – e isso me dá uma certa tranquilidade.?

Você gostaria de ser avó?

Olha, eu há dois anos atrás adotei dois gatinhos e eles são como se fossem meus filhinhos novos. Eu trato eles como eu tratava os meus bebês.Meus dois filhos, a Rafaela e o Gabriel, não querem ter filhos. Eles acham o mundo muito perigoso. E eles trabalham muito, então, teriam que ter pessoas para ajudar a cuidar. Às vezes a parte financeira não é tão boa. Eu, na minha época, eu tinha condições de trabalhar e ter gente para cuidar dos meus filhos, da minha casa. Mas se vier um neto, eu vou ficar muito feliz, vou mimar muito. Mas se não vier, eu vou ficar feliz do mesmo jeito. 

Falando em saúde, você já lutou com a dependência química. Qual foi a experiência mais difícil dessa fase e o que você aprendeu com tudo isso?

Eu acho que todas as pessoas que passam por esse processo têm grandes dificuldades de se relacionar. Tem coisas que você deixa de fazer por causa disso. Eu passei por esse momento, sim, todos sabem, mas a minha saúde mental é muito forte. Então, quando eu parei com isso, eu parei porque eu quis, porque a gente, na verdade, quando quer parar de fumar, de beber, de se drogar, você tem que dizer para você mesma, eu vou parar, eu quero parar. Porque às vezes os médicos não conseguem esse feito. Eles tentam, mas não conseguem. No meu caso, foi a minha própria vontade. Eu quis parar. Você aprende que a sanidade é muito mais proveitosa com saúde, muito mais bonita e mais clara. Sem as drogas, você se livra do lado ruim das coisas. Eu tinha muita prepotência, muita raiva, brigava muito. Mas isso, graças a Deus, passou há muito tempo. A pessoa saudável tem uma outra vida. Eu mudei toda a minha vida de lá pra cá. Mas eu digo assim, quem estiver passando por esse problema: preste atenção, porque às vezes pode cair num buraco e não sair mais. Eu, graças a Deus, tô viva, tô bem, tô bonita, tô ativa e tô feliz.

Vera Fischer. Foto: Priscila Nicheli
Vera Fischer. Foto: Priscila Nicheli

O que é mais difícil em ser uma pessoa pública: a falta de privacidade ou a fofoca e especulações?

Bom, você já sabe que sendo uma pessoa pública, e, principalmente, no meu caso, muito conhecida, você vai ser abordada pelas pessoas, mas isso também tem o seu lado positivo, né? Quer dizer que as pessoas não se esqueceram de você, quer dizer que as pessoas em qualquer idade gostam de você, Porque elas veem os seus trabalhos antigos, os atuais, viajam para ver suas peças. Depois da pandemia, que as pessoas tiveram que ficar em casa, eu ganhei muitos fãs clubes de gente jovem, porque viram os meus trabalhos antigos, se apaixonaram e agora vêm me ver no teatro. Eu fico muito feliz com isso. Driblo a parte desagradável da fama e aceito com muito prazer que as pessoas ainda gostem de mim, me sigam, me dão carinho.

Qual é o seu sonho hoje?

Meu sonho é continuar trabalhando no que eu gosto. Se me oferecerem algum trabalho bom em televisão, em streaming, eu vou aceitar, mas eu vou continuar fazendo teatro. E o meu sonho é ficar em paz, em casa, com as minhas plantas, com os meus gatos, com os meus livros, vendo filmes. Eu quero paz e sossego, como já dizia o Tim Maia. 

Compartilha com a gente a sua rotina de cuidados com a saúde, corpo e mente?

Eu tenho um problema nos joelhos de tanto ter feito teatro com profissionais de corpo, eu caí muito no chão, machuquei os joelhos e o quadril. Mas eu faço fisioterapia com uma pessoa maravilhosa, faço exercícios físicos, só que em vez de fazer no solo, eu faço dentro de uma piscina de água quente porque não tem impacto. Está sendo muito bom para mim. Já minha rotina de beleza é muito simples, eu uso cremes muito bons indicados pelo meu dermatologista, doutor Vitor Bechara. Tiro sempre a maquiagem, lavo com sabonete neutro e jogo água termal no rosto. Nunca fiz nenhuma coisa invasiva no meu rosto, nada. Eu trato mais com cremes e com limpeza. Não me sentiria bem com outro tipo de rosto, com cirurgias estéticas como as pessoas fazem. Gosto de me olhar no espelho e me ver como eu sou agora. Tem que tratar a mente, ler um livro, ouvir uma música. Eu já fiz muita análise na vida!

Falando em carreira, quais são os seus projetos no momento?

É, no momento, já há três, quatro meses, eu estou viajando pelo Brasil com a peça O Casal Mais Sexy da América. E ele vai continuar até o final do ano em São Paulo-Rio. No ano que vem, provavelmente, no Nordeste. Tem gente me convidando para fazer cinema, mas nós temos que adequar as datas. Então, está suspenso isso. Quando eu tiver mais novidades, eu aviso vocês.

Qual personagem que interpretou que mais te marcou e por quê?

Não há como negar que, em novelas, a personagem que mais marcou foi a Helena, do Manoel Carlos. Não há como dizer que essa personagem não foi muito importante na minha vida, na minha carreira. Muito, muito, muito. E, em minissérie, eu acho que foi a Ana de Assis, do Desejo, e também a Eduarda, de Riacho Doce. São dois trabalhos completamente antagônicos, mas profundos e que foram magníficos de fazer e quem vê, adora. Então, eu acho que são os grandes trabalhos da minha carreira.

A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (edição 1493, de 31 de outubro de 2025). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.

Tags: entrevistaVera Fischer
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Lígia Menezes (@ligiagmenezes) é jornalista, pós-graduada em marketing digital e SEO, casada e mãe de um menininho de 3 anos. Autora de livros infantis, adora viajar e comer. Em AnaMaria atua como editora e gestora. Escreve sobre maternidade, família, comportamento e tudo o que for relacionado!

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